Foi sepultado na manhã deste
domingo (19) o corpo de Flávio José da Silva, de 45 anos. Ele foi uma das 17
vítimas que morreram no trágico acidente registrado na noite da sexta-feira
(17), na BR-423, entre os municípios de Saloá e Paranatama, no Agreste
pernambucano. Familiares, amigos e pessoas que conheciam o homem se reuniram
para prestar uma última homenagem.
Em entrevista para TV Asa
Branca, o advogado família explicou que Flávio trabalhava no setor de cereais e
estava indo fazer visitas a alguns clientes. De acordo com o filho da vítima,
Flávio da Silva, de 16 anos, o pai estava animado para realizar a viagem.
“Ele já estava no intuito
dessa viagem, muito contente. E aí, de repente, pela madrugada, escutar essa triste
notícia, que abalou muito nossas vidas […] Porque ele que é o sustentador da
nossa casa, né? Eu mesmo não estou nem tendo mais lágrimas para chorar do tanto
que eu já chorei essa semana já, desde sexta para cá”, disse o filho.
José Lopes, amigo de Flávio
há 10 anos, também foi prestar uma última homenagem ao amigo. Ambos trabalhavam
juntos em uma feira. De acordo com ele, a vítima estava tendo dificuldades para
realizar algumas vendas e pela primeira vez, realizava uma viagem tão longa.
No dia da viagem, a vítima
pediu para que o amigo fizesse uma oração pela segurança da viagem por volta
das 7h20 da sexta, quase 13 horas do acidente acontecer.
“Ele mandou uma mensagem.
‘Irmão Lopes, olha por mim que eu vou pra uma viagem bem longe’. E mandou uma
foto dentro de um ônibus, tudinho, ele alegre, contente. E depois ele não falou
mais, não. Aí eu disse assim, brinquei com ele assim, ‘ele tá fraco, cuida,
cuida que tá de noite’”, relembra o amigo.
O ônibus havia saído de
Brumado (BA) em direção à Santa Cruz do Capibaribe para um centro atacadista.
Na volta para Bahia, Flávio comprou uma passagem e faria o trajeto.
Um outro amigo da família, Jessé Victor, contou que a viagem de Flávio foi inesperada. Segundo ele, o comerciante não pretendia embarcar no ônibus, mas acabou mudando os planos de última hora.
"A gente ficou sabendo,
inclusive, que ele não ia viajar nesse ônibus, que foi um acaso. Ele ia pegar
uma carona com o vizinho caminhoneiro. Enfim, quando tem algo predestinado pelo
céu, não tem quem peça", disse. G1.


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