A Delegacia da Polícia
Federal em Caruaru, Agreste de Pernambuco, com apoio da Coordenação Geral de
Inteligência Previdenciária-CGINP, deflagrou, na manhã da última quarta-feira
(12), a Operação Unblock, que desarticulou um esquema de fraudes previdenciárias
milionário, praticadas com a participação de um servidor do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) que atuava nas 27 unidades da federação
Segundo a polícia, foi
cumprido um mandado de busca e apreensão na cidade de Garanhuns, expedido pela
28ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco, em desfavor do servidor do INSS, que
resultou na apreensão de um notebook e um smartphone, além de uma pistola calibre
9mm.
Levantamentos realizados
mostraram que o servidor estaria atuando, desde meados de 2022, e teria
efetivado o desbloqueio de cerca de 70 mil benefícios, distribuídos nas 27
unidades da federação. O valor em empréstimos consignados liberados com a
atuação do servidor no desbloqueio dos benefícios é estimado em R$ 945 milhões,
que podem ter sido emitidos com ou sem o conhecimento do beneficiário.
A Justiça Federal, também
determinou o afastamento cautelar do servidor público de suas atribuições. As
investigações conjuntas demonstraram que a fraude consistia na realização
indevida de desbloqueios de benefícios, para contratação de empréstimos, sem a
devida solicitação do titular ou de seu representante legal. Em um dos casos
analisados, o servidor manipulou um benefício de titular incapaz, excluindo o
seu representante legal para permitir o desbloqueio e averbação do consignado.
O nome da operação, Unblok
(em português, "desbloquear"), faz alusão ao ato indevido de
desbloqueio dos benefícios para empréstimos, efetuado pelo servidor do INSS. A
análise do material apreendido nessa fase da investigação possibilitará à
Polícia Federal ratificar os elementos de prova já colhidos no curso da
apuração, apontando autoria e materialidade delitivas, além de auxiliar na
identificação de outros envolvidos nas fraudes sob apuração.
Os cr1m3s investigados são
de inserção de dados falsos em sistema de informações e corrupção, cuja penas
somadas podem passar de 24 anos de reclusão. G1.
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