A defesa que representa a
mulher de 23 anos que foi atingida por cinco disparos de arma de fogo pelo
ex-vereador Luciano de Souza Cavalcanti, de 59 anos, preso por tentativa de homicídio
emitiu uma nota nesta quinta-feira (13), oito dias após o crime, afirmando que
a versão apresentada pelo ex-vereador sobre o caso não é verdadeira.
A nota diz que o ex-vereador
alega que “um homem invadiu o quarto e, em luta corporal, a arma disparou
acidentalmente contra a vítima”. Essa versão, de acordo com a defesa da vítima,
não é verdade e não foi citada no depoimento das testemunhas que aparecem nas
imagens das câmeras de segurança do motel, que fica localizado às margens da
BR-424, em Garanhuns, Agreste de Pernambuco
"Os elementos de
informação colhidos até o momento demonstram a materialidade do crime e
indícios suficientes de autoria, imputados ao preso em flagrante Luciano de
Souza Cavalcanti, conhecido como Luciano Lolô, ex-vereador de
Tupanatinga/PE", diz a nota.
O que dizem as testemunhas?
Durante depoimento, as duas testemunhas afirmaram a polícia que o ex-vereador teria agredido a mulher antes de atingir ela com aproximadamente 5 tiros na área externa do motel em Garanhuns. A informação consta no depoimento de uma das vítimas, que o g1 teve acesso na última terça-feira (11).
As duas testemunhas também disseram que se encontraram com Luciano em um bar da cidade, após passarem mais de 3 horas no estabelecimento comercial, as três mulheres e o homem foram até o motel onde o crime foi registrado.
No quarto, as mulheres disseram que não houve relação sexual com o suspeito, que elas permaneceram no local "apenas ingerindo bebida alcoólica". Uma das testemunhas, afirmou a polícia que o ex-vereador "aparentemente sem motivo" começou a agredir a vítima com tapas.
Em seguida, a vítima teria
pegado o celular para chamar um carro de aplicativo para sair do motel. Na
sequência, as mulheres teriam saído do quarto em direção a área externa do
estabelecimento, momento em que houve os disparos.
"Quando estavam do lado
de fora do quarto, mas ainda dentro do motel, Luciano com as mãos para trás, e
somente de cueca, veio em direção as três mulheres já citadas acima, dizendo
"vou matar ela, vou matar ela, vou matar ela", eu sou homem, ninguém
me desrespeita não" , disseram as testemunhas.
Logo depois, os funcionários do motel teriam ouvido os disparos e acionaram a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu, para socorrer a vítima. Ainda de acordo com o depoimento das testemunhas, elas conheceram Luciano no bar na noite do crime.
O que diz a defesa dele?
Na manhã desta quinta-feira (13), o g1 entrou em contato com o advogado Daniel Holanda, após a divulgação da nota de defesa da vítima. Daniel disse que não vai se pronunciar e aguardar a conclusão do inquérito da Polícia Civil.
Estado de saúde da vítima?
A última nota divulgada pelo
Hospital Regional Dom Moura (HRDM) na quarta-feira (12) diz que a paciente
encontra-se internada na ala de enfermaria cirúrgica da unidade, acompanhada
pela equipe multidisciplinar do HRDM, e mantém quadro de saúde estável, após
passar por cirurgia. G1.
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