Caetés, Capoeiras, Lagoa dos
Gatos e Altinho são algumas cidades em que as delegacias estão com estrutura e
efetivo policial comprometido.
Várias delegacias da Polícia
Civil de Pernambuco no interior do estado enfrentam problemas de estrutura,
tais como: veículos danificados, acumulo de materiais na área interna, falta de
efetivo policial e de delegados titulares.
Para a população que vive
nessas cidades, o sentimento é de muita insegurança pelo medo de serem vítimas
de crimes. Na cidade de Caetés, no Agreste, a situação da delegacia de polícia
é preocupante porque há carros acumulados e enferrujados na área externa, e na
parte interna armas empilhadas umas sobre as outras, mostrando um reflexo da
falta da estrutura.
A equipe da TV Asa Branca
foi as ruas e conversou com moradores do município de Capoeiras, cidade com 20
mil habitantes. Por lá, a delegada responsável está de licença, e um outro
delegado acumula o trabalho da delegacia de Garanhuns e capoeiras, ambas no
Agreste Meridional.
A falta de profissionais
preocupa os moradores. À TV Asa Branca Cícero Araújo, aposentado que disse no
município a tranquilidade acabou.
“O sossego acabou. Eu que
morei muito tempo fora daqui, eu achava que aqui nunca ia chegar a isso, mas a
diferença é pequena. E sem o delegado fica mais difícil.” disse o homem.
Na cidade de Lagoa dos
Gatos, a estrutura da delegacia funciona numa residência pequena e para
complicar ainda mais, várias motocicletas apreendidas estão ficando amontoadas
na entrada da unidade. Por lá, os moradores tem consciência de que é preciso
promover melhorias para os policiais trabalharem e garantir a segurança
pública.
Em Altinho, outra cidade do
Agreste, a delegacia funciona numa casa. As paredes da residência estão com
pontos de infiltração, falta lâmpadas e um ferro colocado na parede de forma
improvisada serve para algemar as pessoas presas, já que não existe celas no
local.
A falta de diálogo do
Governo de Pernambuco com a classe tem dificultado ainda mais a situação, e tem
gerado a paralisação dos profissionais. Questionado, o estado se pronunciou
informando que na segunda-feira (1) e terça-feira (2) se reuniu com a
Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (ADEPPE) e com o Sindicato
dos Policiais Civis (SINPOL-PE), pelas sétima e nona vezes, respectivamente.
“Nas propostas, há
recomposição salarial para o quadriênio 2023/2026, de forma que nenhum servidor
receberá ganhos inferiores à inflação no período, perfazendo em média,
reajustes na ordem de 20%.” disse o comunicado.
Sobre a falta de
profissionais e a chamada de pessoas aprovadas nos últimos concursos públicos,
o estado disse que das 445 vagas para a Polícia Civil, 250 são para o cargo de
Agente de Polícia, 150 para Escrivão de Polícia e 45 para Delegados.
A administração estadual
poderá convocar até o dobro de vagas para todos os cargos, ou seja, poderão ser
chamados 890 novos profissionais para reforçar a segurança do Estado. G1
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