Bebês arco-íris são crianças que vieram ao mundo depois da mãe ter passado pela perda de outro filho.
Se você perguntar para
alguma mãe como é ter um filho, ela vai dizer que é especial, que é algo que
muda a vida por completo, em todos os sentidos. Mas, para algumas mulheres, o
ofício vem carregado com uma dose de vitória e superação. Elas são as mães de
bebês arco-íris, crianças que nasceram após uma gestação interrompida ou a
morte de um filho logo depois do nascimento.
Layane Rodrigues é
influenciadora digital e mora em Caruaru, Agreste de Pernambuco. Ele é casada há
17 anos e em 2019 veio a surpresa, a primeira gravidez da família. A mãe conta
que nas primeiras doze semanas, no primeiro exame morfológico, foi visto que o
bebezinho tinha uma série de problemas e que existia uma forte chance da
gestação não ir até o fim.
"Eu já sai de lá
ciente, com poucos dias depois aconteceu o que havia sido dito pelo médico e
infelizmente eu perdi o meu primeiro bebê. Foi muito difícil. É um momento
muito delicado. Quem já passou sabe o que eu estou querendo dizer", disse.
A influenciadora disse ao g1
Caruaru e região que desde o positivo ela já tinha criado expectativa com a
nova vida que a família dela teria com a chegada do bebê. Mas, com a perda, por
orientação médica, foi preciso esperar seis meses para pensar em uma nova gestação.
A decisão de engravidar
novamente, após a uma perda, não é nada fácil. Layane conta que até sair o
primeiro exame afirmando que tudo estava bem com a criança, o sentimento foi de
muita aflição e angustia, tendo em vista, a primeira experiência gestacional.
"Tive forças pra tentar
e veio o primeiro positivo, é o bebê arco-íris, o Miguel, e aí a gente fica com
um pouco de medo passado a experiência que não foi boa, que não foi positiva.
Miguel nasceu em 2020 e foi planejado", conta.
O sonho do casal em ter mais
filhos foi adiante, e seis meses, após o nascimento de Miguel, de forma,
inesperada, Layane descobriu que estava grávida de uma menina, Malu.
"Hoje, ela tem dois
anos, e pra nossa surpresa, em 2023, veio Maya. Ela tem sete meses. Eu sou
muito feliz sendo mãe dessas três pessoas incríveis. Eles são a minha
vida", disse a influenciadora.
Superar a morte de um filho,
não é nada fácil para uma mãe. Principalmente se for o primeiro bebê. Segundo a
psicóloga Vanessa Galindo, quando se fala em um luto gestacional, nós falamos
de uma perda, de uma expectativa, de um ideal, de algo que foi desejado, mas
que por algum motivo foi interrompido.
"É importante também a
gente falar que as mulheres que tiveram até algum alguma situação de aborto
planejado, elas também vivenciam o luto. Elas também sofrem com isso. A gente
costuma dizer que o luto gestacional é um tipo de luto não autorizado, tanto
socialmente como para a mulher", disse. G1
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