A fofoca já está liberada em Belo Jardim. De 08 a 12 de
julho acontecerá a 53ª Festa das Marocas, voltando a ser realizada pela
prefeitura municipal após ter sido suspensa presencialmente devido a pandemia
causada pelo Coronavírus. Durante evento de lançamento oficial realizado nesta
quinta-feira, 09, o resgate da cultura e das tradições belo-jardinenses ficaram
em evidência como foco da gestão. A Secretaria de Cultura, Turismo, Eventos e
Empreendedorismo está envolvida na preparação do evento que, a pedido do
prefeito Gilvandro Estrela, elaborou uma programação diversificada, com
atrações nacionais, mas com ampla valorização dos artistas da terra e
regionais. As apresentações serão no palco montado na avenida Deputado José
Mendonça, na área central da cidade, local tradicional da festa.
Por falar em tradições, iniciando os festejos das Marocas,
a banda de pífanos vai tocar pela cidade acordando a população e convidando
para o café da manhã servido em frente a prefeitura municipal. Da mesma
maneira, não poderia se falar em Festa das Marocas sem a presença do famoso
Carro da Pitu, que vai animar os foliões da Turma da Camisinha e de toda a
cidade.
Além do palco principal, também haverá o palhoção com o
autêntico forró pé de serra e um polo alternativo com apresentações culturais e
de diversos estilos. No calçadão da Rua João Pessoa, a feirinha de artesanato
vai ser a atração.
Confira a programação artística do polo principal da 53ª Edição da Festa das Marocas
08/07 Sexta-feira
21h- Ramon Ferraz
23h- Hélio dos Teclados
01h- Nanara Belo
09/07 Sábado
21h - Delmiro Barros
23h - Ton Oliveira
01h - Juarez
10/07 Domingo
21h - Poeta João André
23h - Flávio Leandro
01h - Kátia Cilene
11/07 Segunda
21h - Banda Pau no Xote
23h - Amazan
01h - Jonas esticado
12/07 Terça-feira
Encerramento
Saída do tradicional Carro da Pitú, partindo da Av. Dep. José Mendonça para a BR-232.
Maestro Chiquinho é o grande homenageado
Francisco Donato de Souza, conhecido popularmente como
maestro Chiquinho, nasceu em 07 de abril de 1947 e faleceu em 03 de junho de
2017. Casado com Dona Iraci Batista de Araújo teve 04 filhos: José Haroldo,
Geovanne, Pedro Paulo e Francisco Júnior.
Veio à Belo Jardim trabalhar como pedreiro e permaneceu na
cidade até seu último suspiro. Foi através de sua sanfona que se tornou
conhecido e recebeu o carinhoso título de maestro Chiquinho, passando a levar
alegria à população belo-jardinense, além de cidades vizinhas tocando o
autêntico forró pé de serra. Seu talento encantava por onde passava cantando as
famosas canções de seus ídolos: Luiz Gonzaga e Dominguinhos.
Com muito orgulho, maestro Chiquinho teve a honra de
receber o título de cidadão de Belo Jardim, a partir de um Projeto de Lei de
autoria do há época vereador e atualmente prefeito da cidade, Dr. Gilvandro
Estrela. Esse título, segundo ele próprio, ficou marcado em sua trajetória de
vida.
Diante de sua importância para a cultura de Belo Jardim, o
prefeito Gilvandro Estrela fez questão de prestar mais esta honra ao maestro
Chiquinho, fazendo dele o homenageado da 53ª Edição da Festa das
Marocas.
O disse me disse é que todo mundo vai, e tu?
A Festa das Marocas teve origem em 1970, inspirada na
novela “Redenção”, que passava na extinta Tv Excelsior. Exibida entre maio de
1966 e maio de 1968, o folhetim narrava a história de algumas fofoqueiras que
faziam das janelas o ponto de encontro para fuxicos e apontamentos sobre a vida
alheia. Nesta época, as amigas Maria José Lima, Zélia Franklin e Conceição
Augusta moravam em casas muito parecidas com as encenadas na novela e possuíam
a mesma “língua ferina” das personagens da trama. Desta forma, o trio resolveu
promover o primeiro “Forró de Redenção” em Belo Jardim, na rua João Pessoa,
mais conhecida por Calçadão.
Como a vida muitas vezes imita a arte, surgia ali a
grandiosa “Festa de Redenção” ou, simplesmente, “Festa das Marocas”, que é
considerada, pela Lei 13.842, Patrimônio Cultural e Imaterial do estado de
Pernambuco, desde 2009. Este honroso título é concedido a eventos cujas
dimensões cultural e econômica já ultrapassaram os limites regionais. A Festa
das Marocas transforma Belo Jardim em um centro da cultura popular e música,
atraindo milhares de pessoas que movimentam o turismo e a economia da região. O
povo belo-jardinense se orgulha dessa maravilhosa herança, que teve início
graças à criatividade e ao amor das amigas Maria José Lima, Zélia Franklin e
Conceição Augusta.
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