A Polícia Federal e Força-Tarefa Previdenciária em
Pernambuco deflagraram, na manhã de ontem, 08/06/2022, a Operação MULTI, no
intuito de desarticular organização criminosa especializada em fraudes previdenciárias
e crime de lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos 05 mandados de busca e apreensão e 02
mandados de prisão preventiva, nas cidades de Petrolina/PE e Fortaleza/CE; os
quais foram expedidos pela 24ª Vara Federal – Caruaru/PE, que também determinou
o bloqueio cautelar de contas utilizadas pela organização criminosa.
As investigações tiveram início no ano de 2019 a partir de
um caso inicial onde foi efetuado um levantamento de outros 12 benefícios
usados no esquema fraudulento, apresentando documentos com fotos que seriam do
mesmo falsário e identificando, ainda, outros envolvidos nas fraudes, dentre
eles um foragido.
O esquema criminoso se utilizava de transferências de
benefícios para localidades diversas dos endereços de residência dos
respectivos titulares com mudança de órgão pagador para contas também abertas
mediante fraude da Caixa Econômica Federal. Na sequência, os benefícios eram
desbloqueados para empréstimos e efetuadas solicitações de valores
significativos, consignados nos mesmos.
No decorrer das investigações, identificou-se que a
organização criminosa teria se apropriado indevidamente de, ao menos, 25
benefícios e obteve mediante fraude aproximadamente R$ 1 milhão de reais.
Por fazer uso de documento público falso perante a agência
bancária e subtrair valores dessa instituição bancária mediante fraude os
investigados incidiram na prática dos crimes previstos nos Artigos 304 e 155,
§4º, II do Código Penal e Artigo 1º, da Lei 9.613/98 – (Uso de documento falso,
furto qualificado e lavagem de dinheiro), cujas penas ultrapassam os 25 anos de
reclusão.
O nome da operação, MULTI, faz alusão às múltiplas
identidades assumidas pelos envolvidos ao se passarem pelos reais titulares dos
benefícios fraudados. Além disso, valendo-se da ocultação de valores em contas
diversas para a prática de lavagem de dinheiro.
Da Polícia Federal
Fonte: Agreste Violento
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