O aumento do gás de cozinha,
anunciado na última semana pela Petrobras, tem prejudicado consumidores e
reduzido lucros dos revendedores em Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco.
O preço médio de venda do GLP da
Petrobras, para as distribuidoras foi reajustado em 16,1%, isso significa
dizer, que o revendedor paga o equivalente a R$ 58,21 por 13kg.
Antes do aumento, a RNF Gás vendia o
botijão de gás por R$ 100. Com a disparada dos valores, o botijão aumentou R$
10 e passou a custar R$ 115.
“Infelizmente temos que repassar esse
aumento para os nossos clientes, se não a gente vai à falência. Foi um aumento
muito abusivo. Temos enfrentado dificuldades para manter o negócio, com o
pagamento dos funcionários, abastecimento de veículos para entrega, entre
outras situações”, lamentou Wildson Tavares, gerente da RNF Gás.
De acordo com o gerente, antes do
aumento, os clientes fizeram uma verdadeira corrida para comprar o botijão de
gás sem reajuste.
“Por dia a gente vende cerca de 45
botijões de gás. Na sexta-feira, antes do aumento, vendemos o dobro de
botijões. Os clientes que tinham um botijão reserva, preferiram comprar antes
do reajuste”, disse a reportagem.
Nas distribuidoras Ultragaz e Brasil
Gás, a reportagem apurou na manhã dessa terça-feira (15), que antes do
aumento, o botijão de gás custava R$ 105. Após o reajuste, o botijão passou a
custar R$ 115.
Parcelamento em até 12X
Para tentar manter as vendas, a
Brasil Gás recorreu a venda do botijão de gás no cartão de crédito. O cliente
tem a opção de dividir o valor em até 12x, no entanto, terá que arcar com os
juros da maquineta, segundo o gerente Diego Henrique.
“Vendíamos no crediário, mas
infelizmente, estava virando uma bola de neve, os preços aumentando e os clientes
em inadimplência. Então, recorremos a oferecer essa condição de parcelamento”,
disse o gerente.
Diego também revelou a reportagem, que após um novo aumento que está previsto para o próximo domingo (20), o botijão de gás pode passar a custar em média R$150. (BJ1)
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