O presidente Jair Bolsonaro
afirmou nesta quinta-feira (28/05) que o governo deve propor uma quarta parcela do
auxílio emergencial, atualmente em R$ 600, mas que o valor ainda está em estudo
pelo governo, que poderá reduzi-lo.
"Nós já estudamos uma
quarta parcela com o Paulo Guedes. Está definindo o valor, para ter uma
transição gradativa e que a gente espera que a economia volte a
funcionar", afirmou o presidente durante sua live semanal, transmitida
pelas redes sociais.
O auxílio emergencial prevê
o pagamento de três parcelas de R$ 600 para trabalhadores informais,
integrantes do Bolsa Família e pessoas de baixa renda. De acordo com a Caixa
Econômica Federal, cerca de 59 milhões de pessoas já receberam o benefício.
Cada parcela do auxílio emergencial custa aos cofres públicas cerca de R$ 48
bilhões.
Mais cedo, o presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a permanência por mais
tempo do pagamento do auxílio emergencial, mantendo-se o valor de R$ 600.
Carteira verde e amarela
Bolsonaro disse que, após a
pandemia da Covid-19, uma das prioridades do governo, na área econômica, será a
retomada do projeto da chamada Carteira de Trabalho Verde e Amarela, programa
do governo que flexibiliza direitos trabalhistas como forma de facilitar novas
contratações. Segundo o presidente, o assunto está sendo tratado com o ministro
da Economia, Paulo Guedes.
"O Paulo Guedes quer
dar uma flexibilizada para facilitar a empregabilidade. A gente vai precisar
disso, não adianta falar que tem todos o direitos e não ter emprego pela
frente. Só tem uma maneira: desonerar, descomplicar, simplificar a questão
trabalhista", afirmou.
A Medida Provisória 905, que
criou o Programa Verde Amarelo, para facilitar a contratação de jovens entre 18
a 29 anos, perdeu a validade antes de ser aprovada pelo Congresso, em abril.
Privatizações
Sobre privatizações de
estatais, o presidente disse que o governo esperar avançar com essa agenda após
o fim da pandemia, mas ressaltou as dificuldades para aprovação no Parlamento.
"Estamos sim buscando
privatizar muita coisa, mas não é fácil. Tem empresas que obrigatoriamente
passam pelo Congresso, vai ter reação", disse. Uma das empresas que
Bolsonaro disse que será privatizada são os Correios.
Apesar de querer acelerar as
privatizações, o presidente afirmou que algumas estatais, consideradas
estratégicas, não vão ser vendidas, e citou nominalmente os casos do Banco do
Brasil, da Caixa Econômica Federal, o "núcleo" da Petrobras e a Casa
da Moeda.
Diário de Pernambuco
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