Entre os reforços anunciados pelo Náutico, poucos
foram festejados como Erick.
Prata da casa, o atacante tem o carinho da torcida do clube em que foi
formado. O sentimento é recíproco. Segundo o vice-presidente alvirrubro,
Diógenes Braga, o interesse de Erick em retornar ao Timbu foi
determinante para que a difícil negociação tivesse desfecho positivo.
Neste caso, o clichê faz sentido: Erick saiu do Náutico
em 2017, mas o Náutico jamais saiu dele. Seja no Braga-POR, clube que
comprou seus direitos econômicos, seja no Vitória ou no Gil Vicente-POR,
equipes para as quais foi emprestado, o atacante nunca esqueceu do Timbu -
e sempre pensou em voltar.
- Erick tem um carinho muito especial pelo clube. Desde
que saiu, ele mantém contato com a gente, conversa particularmente comigo
sempre. Ele sempre manifestou muito o interesse de voltar. Era,
inicialmente, uma conversa como sempre era: "Pô, quero voltar".
"Deixa eu ver aqui. Vou subir para a Série A para te trazer" - lembra
Diógenes Braga.
O dirigente alvirrubro recorda de um episódio em
particular. O fato se deu após o jogo do Náutico contra o Vitória, em Salvador,
na última rodada da primeira fase da Copa do Nordeste de 2019.
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Timbu e Leão empataram. Ambos se classificaram na
competição. Após o jogo, Erick - então no time baiano - foi aos vestiários dos
visitantes no Barradão, com semblante que denunciava felicidade
genuína pelo então adversário.
- Houve um momento bem marcante, o jogo contra o Vitória,
fizemos a oração. Quando acabou, ele entrou, cumprimentou todo mundo, Márcio, o
treinador. A gente via ele ali praticamente comemorando a
classificação do Náutico - diz Diógenes.
Começa a negociação
Até então, o que havia não era mais que um carinho
recíproco. Na Série C e com orçamento justo, o Náutico não tinha condições de
trazer o atacante de volta. A posição em que ele atua, a ponta-direita,
tampouco era uma necessidade urgente.
Meses depois, porém, os dois fatores coincidiram: o
financeiro e o técnico. Com
a venda do atacante Thiago para o Flamengo, o Náutico adquiriu maior poder
econômico - efeito que o acesso à Série B também provocou.
Além disso, a saída da joia abriu uma lacuna no time. Quem
poderia ocupar exatamente a ponta direita órfã após a venda de Thiago? Uma
certa outra promessa formada na base do Timbu, conforme aponta Diógenes.
Fonte: GE
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