“Não há esperança para o bebê. É melhor deixá-lo em uma
instituição”. Essas foram as palavras que Carol e Earl Ross ouviram do médico
quando seu filho, Dorsey, nasceu com síndrome de Apert em 1977.
A síndrome de Apert é um distúrbio
genético raro, caracterizado por malformações do crânio, mãos e pés. Hoje,
aos 42 anos, Dorsey prega o Evangelho nos Estados Unidos como evangelista da
Assembleia de Deus, com sede em Lindenhurst, Nova York.
“Os médicos disseram aos meus pais que eu seria um
vegetal ou que nunca viveria depois dos 18 anos”, disse Dorsey à AG News. “Eles
estavam errados porque Deus tinha um plano diferente para a minha vida”.
Dorsey enfrentou muitos desafios. Ele passou por 68
cirurgias desde a infância até a adolescência, incluindo procedimentos para
reconstruir o rosto e separar os dedos.
Ele cresceu sofrendo bullying de outras crianças, mas
encontrou consolo na Bethlehem Church, onde entregou seu coração para Cristo
aos 13 anos. Ele se juntou ao grupo de jovens e sentiu-se aceito.
Quando se formou no colegial, aos 19 anos, o professor
disse à sua mãe para não esperar mais progresso acadêmico. Contrariando o
parecer, Dorsey se formou em Artes Liberais na Faculdade Comunitária de
Queensborough, em Nova York.
“Eu não me permitiria parar ou dificultar o que Deus
queria para mim”, ele destacou.
Dorsey também se juntou ao grupo de missões do ministério
estudantil Chi Alpha. Foi lá que ele conheceu o pastor Kevin Bateman, da
Assembleia de Deus.
“Me lembro de Dorsey dividindo responsabilidades no Chi
Alpha, distribuindo panfletos de reuniões, ajudando nos preparativos e
participando de cultos, acampamentos, convenções e retiros”, contou Bateman, de
43 anos.
Atendendo ao chamado
Em busca de seu chamado, Dorsey se matriculou na
Universidade de Valley Forge, na Pensilvânia, onde se formou em Pastoral
Juvenil em 2005. Hoje ele fala em igrejas, encontros de jovens, convenções e
retiros, cumprindo cerca de 30 compromissos anualmente.
“Se Deus pode usar alguém como eu, Ele pode usar qualquer
um”, ele incentivou.
Em setembro, Dorsey retornou para ministrar na Assembleia
de Deus de Sayville, em Nova York. “As pessoas respondem bem ao testemunho de
Dorsey”, disse o pastor sênior Philip J. Cali, 66 anos. “Ele é muito real e
incentiva outros a superar suas deficiências, assim como ele”.
Dorsey ainda fica frustrado quando as pessoas olham para
com depreciação. Ele tenta ignorar os insultos e admite que às vezes é difícil
mostrar amor e graça. “Mas Deus me lembra que eu sou Sua obra-prima”, afirmou.
“Só importa o que Deus pensa de mim”.
Fonte: GE
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