De Bruyne, Hazard e Lukaku
brilham com grandes atuações individuais e Seleção, após gol de Renato Augusto
e pressão no segundo tempo, volta para casa frustrada
RESUMÃO
DESTAQUE
Eliminações entram para a
história e são lembradas por ícones. Caniggia em 90. Zidane em 98 e 06. O 7x1
de 2014. A de 2018 tem o carimbo de um trio: De Bruyne, Hazard e Lukaku
destruíram a seleção brasileira em 45 minutos, garantiram a vitória por 2 a 1 e
colocaram a Bélgica na semifinal da Copa do Mundo. Nem o bom segundo tempo, com
gol de Renato Augusto, que entrou muito bem, evitaram a frustração de um Brasil
que volta para casa sem transformar o bom futebol de praticamente toda a era
Tite em título. Atuações individuais ruins como a de Fernandinho no jogo
derradeiro, e de Paulinho e Gabriel Jesus ao longo de todo o Mundial,
comprometeram a ideia de jogo. Justamente o que os belgas tiveram de melhor:
três craques fazendo tudo dar certo.
DESTAQUE
PRIMEIRO TEMPO
De Bruyne, Hazard e Lukaku
fizeram a estratégia belga do contra-ataque se impor. O Brasil não jogou mal,
mas perdeu, com Thiago Silva e Paulinho, em duas cobranças de escanteio,
chances preciosas ainda no 0x0. O gol contra de Fernandinho, após desvio de
Kompany, foi o início de uma noite desastrosa do volante. Pouco depois, ele
teve duas chances de fazer falta em Lukaku. Não conseguiu. Paulinho idem. A
bola chegou a De Bruyne, que, com um chutaço, não deu chance a Alisson. A
Seleção se abalou com a desvantagem de dois gols, inédita com Tite, e, além de
não conseguir pressionar, ainda se expôs aos contra-ataques.
NEYMAR
O camisa 10 não continuou,
contra a Bélgica, a curva ascendente de toda a Copa do Mundo. Perdeu bolas,
tomou decisões erradas e não fez diferença, mesmo contra uma equipe que, por
vários momentos, lhe deu espaço para jogar. Seu ato final foi decepcionante.
JESUS EM BRANCO
O camisa 9 terminou sua
primeira Copa do Mundo sem fazer gols em cinco jogos. O centroavante da seleção
brasileira não zerava no torneio desde 1974.
INÉDITO
A derrota reservou à seleção
brasileira situações novas – e desagradáveis – com Tite no comando. Foi a
primeira vez que o time sofreu mais de um gol numa partida. E só a terceira em
que ficou atrás no placar: antes, havia virado um jogo para 4x1 sobre o Uruguai
e sido derrotado pela Argentina por 1x0.