JOGO MAIS CHATO DA COPA
França e Dinamarca saíram de
campo vaiadas pelos torcedores russos em Moscou, após o primeiro empate em 0 a
0 desta Copa do Mundo, nesta terça-feira, no fechamento do Grupo C, no estádio
Lujniki. Os franceses já entraram classificados e com time misto, enquanto os
dinamarqueses precisavam de um empate. Com notícia dos gols do Peru sobre a
Austrália em Sochi, o jogo em Moscou virou um grande amistoso insosso, uma
grande ação entre compadres, na qual as duas seleções europeias se
beneficiavam.
O QUE VEM POR AÍ
Como primeira colocada do
Grupo C, a França jogará no sábado, às 11h, em Kazan, contra o segundo do Grupo
D - que pode ser a Argentina! Já a Dinamarca, segunda colocada do Grupo C, pega
a melhor seleção do D, que provavelmente será a Croácia, no domingo, às 15h, em
Nizhny Novgorod. A definição do adversário sai logo mais, com a terceira rodada
do Grupo D começando às 15h de Brasília. CLIQUE AQUI e use nosso Simulador para
ver o cruzamento das chaves.
COINCIDÊNCIA HISTÓRICA
Foi a terceira vez que
Dinamarca e França se encontraram numa Copa do MUndo, a terceira como último
jogo da fase de grupos. Nas outras duas (1998 e 2002), a Dinamarca também se
classificou. Na primeira delas, o goleiro era Peter Schmeichel, pai de Kasper Schmeichel.
COMO FOI O PRIMEIRO TEMPO
Foi sem graça. As equipes se
mostraram lentas, pouco agressivas e não tiveram grande destaque em seus
principais jogadores – Eriksen e Griezmann. Dembélé foi uma boa saída para os
franceses pela direita, mas o time, desentrosado com tantos reservas (seis),
não teve encaixe ofensivo. A Dinamarca, a quem interessava o empate, começou
atacando, mas depois se retraiu e pouco fez em contra-ataques. A notícia do
resultado de Peru x Austrália, em Sochi, contribuiu para que o jogo em Moscou
se tornasse um grande amistoso.
COMO FOI O SEGUNDO TEMPO
Os goleiros Mandanda
(substituto de Lloris, poupado) e Schmeichel continuaram sem trabalhar, como
espectadores da grande pelada de luxo no estádio de Lujniki. O técnico francês,
Didier Deschamps, aproveitou para tirar os poucos titulares que não havia
poupado, como Lucas Hernandez e Griezmann (mais uma vez, muito apagado). Fekir
entrou e, em seu primeiro lance, quase marcou, dando mostras de que, se havia
um entendimento por um 0 a 0, ninguém o avisou.
ANÁLISE DAS VAIAS
Segundo o relato de nossos
repórteres no estádio Lujniki, as vaias não tinham nada de bronca, eram
frustração pura, porque nas raríssimas ocasiões em que a bola chegou perto de
Schmeichel ou Mandanda, as vaias foram substituídas por gritos de entusiasmo.
Conforme o jogo se aproximava do final, e a França resolveu pelo menos fingir
que tentava o gol, a galera adotou a Dinamarca como vilã. Os passes laterais
entre os zagueiros de vermelho eram vaiados pelo estádio inteiro.
Fonte: GE