De olho no orçamento do
Exército para os próximos anos, o general Eduardo Villas Bôas tem realizado uma
série de conversas com os principais pré-candidatos à Presidência da República.
Nas últimas semanas, o comandante conversou com Álvaro Dias (Podemos), Jair
Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede). Ontem, foi a vez do tucano Geraldo
Alckmin e do pedetista Ciro Gomes. O petista Fernando Haddad ainda será
convidado para falar com o general em nome do PT, já que o pré-candidato do
partido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está preso em Curitiba.
Segundo o próprio comando do
Exército, esta é a primeira vez, desde a redemocratização, que o comando da
caserna atua para defender a inclusão de projetos da instituição nos programas
de governo dos postulantes ao Planalto. Nos encontros, Villas Bôas manifestou
preocupação com a falta de dinheiro em projetos estratégicos.
Alguns dos exemplos citados
são o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) e o
treinamento de militares para ações de segurança e defesa nacional. O general
tem destacado a importância do Exército na intervenção federal no Rio de
Janeiro e durante a greve dos caminhoneiros.
“Já tivemos R$ 2,5 bilhões de
orçamento em 2017. Neste ano, caiu para R$ 2 bilhões. O próximo ano pode ter só
R$ 1,4 bilhão. Então, o comandante do Exército tem conversado com os
pré-candidatos, num movimento sem precedentes na instituição, para reforçar a
importância de investir em defesa”, diz um general ligado ao comando do
Exército. Fonte: Blog do Magno Martins