O Uruguai até teve as
melhores oportunidades nos 45 minutos iniciais, no entanto, não foi tão
superior ao Egito como muitos imaginavam na estreia das duas seleções na Copa
do Mundo. Ainda assim, o time sul-americano não demorou muito para dar seu
cartão de visitar com Cavani, o que aconteceu logo aos sete minutos de partida,
quando o atacante carregou a bola na entrada da área e bateu rasteiro, vendo o
goleiro rival fazer defesa segura.
A seleção egípcia, por sua
vez, tentava diminuir os espaços dos adversários e ser eficiente nas poucas
vezes que ameaçava a defesa celeste. Aos dez minutos, Elneny, principal jogador
do Egito na ausência de Salah, lançou na área para Mohsen, que desviou de
cabeça. Treziguet ficou com a sobra e bateu girando o corpo, mas Muslera estava
bem posicionado para fazer a defesa em arremate mascado.
Daí em diante o jogo ficou
mais truncado, e ambas as equipes ofereceram menos brechas para que o rival
chegasse ao gol. A situação só mudou de figura aos 23 minutos, quando Luis
Suárez teve a principal oportunidade do primeiro tempo para marcar. O atacante
do Barcelona, dentro da pequena área, aproveitou a cobrança de escanteio para
completar para o gol, mas, de forma surpreendente, mandou para as redes do lado
de fora, frustrando a torcida platina.
Na reta final do primeiro
tempo a seleção uruguaia tentou acelerar mais o jogo para buscar espaços que
eram difíceis de ser encontrados com o Egito organizado. Aos 37 minutos, Godín
arrancou da defesa e acionou o cruzeirense De Arrascaeta, que, por sua vez, não
conseguiu dominar a bola e teve de ouvir muitas queixar de Suárez, que queria o
passe dentro da área.
Mohamed Salah conversa com
companheiros após partida; atacante acompanhou derrota do banco
Já nos primeiros segundos da
etapa complementar Luis Suárez teve a grande oportunidade de se redimir. O
camisa 9 recebeu um ótimo passe de Cavani e saiu na cara do gol, porém, o dia
não era mesmo do atacante, que bateu cruzado, mas viu a bola desviar
caprichosamente no joelho do goleiro egípcio, indo à loucura na linha de fundo
por conta da sua inefetividade.
O Egito, por sua vez, buscou
se manter firme na defesa, seguindo sem oferecer espaços ao ataque rival, e
sair no contra-ataque pela esquerda, apostando na velocidade de Treziguet. O
jogador egípcio, no entanto, não conseguia vencer o enfrentamento com a zaga
uruguaia. A ausência de Salah era nitidamente sentida e a cada substituição que
o técnico Hector Cuper fazia, a expectativa pela entrada do craque do Liverpool
aumentava.
Os egípcios só ameaçaram a
meta defendida por Muslera através de chutes de longa distância. Aos 26
minutos, Fathi aproveitou a sequência da jogada, após o árbitro não marcar
falta de Cáceres, e experimentou de fora da área, obrigando o goleiro uruguaio
a fazer boa defesa. No minuto seguinte foi a vez de o time sul-americano
responder novamente com Suárez, que recebeu passe açucarado de Cavani, saiu
mais uma vez na cara do gol, porém, na tentativa de driblar o goleiro acabou
desarmado.
Aos 36 minutos, veio a
confirmação. Com a terceira substituição do técnico Hector Cuper feita, Mohamed
Salah foi descartado da partida, e o episódio parece ter encorajado o Uruguai.
Logo após Sobhy entrar no lugar de Warda, foi a vez de Suárez servir Cavani e o
jogador do Paris Saint-Germain pegar na veia da bola, de primeira, obrigando
Elshenawy a fazer excelente defesa.
Cavani ainda teve uma outra
ótima chance em cobrança de falta, aos 42 minutos. Contudo, o Uruguai parecia
realmente destinado a sair de campo com o empate. O atacante do Paris
Saint-Germain bateu colocado, e a bola beijou caprichosamente a trave. A sorte
só foi para o lado do time celeste aos 44, quando Carlos Sanchez cobrou outra
falta, desta vez pela direita, mandando na cabeça de Gimenez, que subiu mais
alto que todo mundo para mandar para o gol e garantir no apagar das luzes o
triunfo do Uruguai na estreia. Fonte: Diário de Pernambuco