Medicamentos são para centro
que trata pessoas com doenças nos rins. Bloqueios em estradas afetaram
fornecimento.
Chegou por volta das 11h10
desta terça-feira (29) o caminhão do Exército com remédios de Minas Gerais para
tratamentos de pacientes em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Os medicamentos
são para um centro que trata pessoas com doenças nos rins.
Os remédios foram trazidos
para o estado em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que pousou no Recife
na madrugada desta terça. A greve dos caminhoneiros afetou o fornecimento de
insumos para a clínica por conta dos bloqueios nas estradas, por isso foi
necessário trazê-los via aérea de Montes Claros, em Minas Gerais.
Paralisação dos
caminhoneiros chegou ao nono dia consecutivo
O brigadeiro Walcyr Araújo,
comandante do Cindacta 3, apontou que o abastecimento da clínica é prioridade.
"Estamos atendendo a uma priorização do Ministério da Saúde que entede
que, neste momento, o que temos de mais urgente é transportar esse medicamento
para o centro em Caruaru. Recebemos oito toneladas inicialmente e mais oito vão
chegar", detalhou.
A Clínica Nefrológica de Caruaru
é referência no interior do estado no tratamento de doenças dos rins. Por conta
do movimento dos caminhoneiros que já dura nove dias, a unidade estava quase
desabastecida.
Segundo a direção, a clínica
tinha estoque de medicamento suficiente para atendimento até a quinta-feira
(30), mesmo reduzindo o tempo de hemodiálise dos pacientes. Hemodiálise é
método de filtração do sangue por meio de um rim artificial.
Sobre a clínica
A Clínica Nefrológica de
Caruaru tem cerca de 360 pacientes fazendo hemodiálise. Eles são de Caruaru e
de outros 32 municípios no entorno. O centro tem convênio com o Sistema Único
de Saúde (SUS) e cerca de 90% dos atendimentos são feitos através do convênio.
“Essa carga de medicamentos
vai normalizar o atendimento e deixar a clínica abastecida por pelo menos 15
dias. A carga também vai beneficiar 40 pacientes que fazem hemodiálise no
Hospital Regional do Agreste", explicou a Niedja Queiroz, diretora da
Clínica Nefrológica de Caruaru.
"Agora, nós vamos poder
normalizar o tempo de hemodiálise, que tinha sido reduzido em uma hora. O nomal
são quatro horas”, acrescentou a diretora.
Fonte: G1