Sem
desespero, diretoria mantém planejamento para a sequência de 2018 e evita
discurso de que tudo está errado
Foram
duas desclassificações dolorosas em exatamente três meses de temporada. Algo
que não estava nos planos. O sinal de alerta já havia sido ligado logo após o
Santa Cruz ser despachado ainda na primeira fase da Copa do Brasil pelo Fluminense
de Feira/BA, vencedor do confronto (2x0), no estádio Joia da Princesa (Feira de
Santana, interior da Bahia), em partida única do mata-mata. O vexame também
pesou no bolso do clube, que perdeu uma premiação de R$ 600 mil. Depois do
baque no torneio nacional, no dia 31 de janeiro, os tricolores acumularam um
novo fracasso: eliminação precoce nas quartas de final do Campeonato
Pernambucano.
A
goleada sofrida para o Sport por 3x0, na Ilha do Retiro, foi um duro golpe,
mesmo com o maior rival sendo o favorito ao título do Estadual. A campanha
tenebrosa na modesta primeira fase - só duas vitórias, sete empates e uma
derrota em dez jogos - fez o time de Júnior Rocha pagar caro. Como não cumpriu
a obrigação de figurar no G4, terminando apenas na 7ª posição, com 13 pontos,
mas o suficiente para garantir uma vaga das oito entre 11 equipes, o Santa
encarou de cara um Clássico das Multidões e ainda jogou fora de casa.
Apesar
dos fracassos em pouco tempo de trabalho, a diretoria da Cobra Coral evita um
discurso de que tudo está errado e mantém convicção no planejamento para a
sequência do ano. “Vamos procurar entender o que aconteceu conversando com a
comissão técnica. Precisamos organizar o nosso trabalho, mas não podemos
zerá-lo por conta de eliminações. A equipe não deve ser crucificada por um
resultado. Hora de lamber as feridas”, comentou o vice-presidente de futebol,
Felipe Rego Barros.
Obviamente
abalado, o técnico tricolor não vê motivo para desespero nas Repúblicas
Independentes do Arruda. “Não podemos jogar tudo por água abaixo. Agora é ter
paciência. Repito: não é porque perdemos para o Sport que está tudo errado”,
declarou na entrevista coletiva. Até aqui, o Santa Cruz disputou 16 jogos
oficiais na temporada (11 no Campeonato Pernambucano, quatro na Copa do
Nordeste e um na Copa do Brasil), obtendo o seguinte retrospecto: quatro
vitórias, nove empates e três derrotas. Fonte: FolhaPE