Negócios menores representam
98,5% do total de empreendimentos do país e são responsáveis por 27,5% do PIB
Quatro em cada 10 pessoas
são empreendedoras ou estão envolvidas em algum tipo de negócio no Brasil. A
economia cada vez mais é movimentada pelas empresas de menor porte (micro,
pequenas e empreendedores individuais), que já concentram mais da metade das vagas
formais e representam 98,5% do total de empreendimentos do país, principalmente
no setor de serviços.
Pode-se dizer que a vocação
para empreender está no DNA do brasileiro.
Em 2016, o país atingiu a
segunda maior taxa de empreendedorismo na série histórica, com 36% da população
adulta envolvida em atividade empreendedora. No ano anterior, o percentual foi
de 39,3%, o recorde, conforme dados de uma pesquisa patrocinada pelo Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A mesma crise que elevou
para 13 milhões o número de desempregados é a que empurra para cima os
indicadores de abertura de novos empreendimentos desde que o Brasil entrou em
recessão. No primeiro semestre deste ano, os pequenos negócios contrataram 264
mil pessoas, enquanto as médias e grandes corporações fecharam 170 mil postos.
As grandes empresas estão eliminando vagas e usando mais automação, enquanto os
pequenos seguem como um segmento de uso intensivo de mão-de-obra. Como operam
de maneira mais enxuta, as atividades de menor porte conseguem sair na frente
na recuperação econômica.
Outro dado positivo da atual
conjuntura é a possibilidade de se reinventar. Em um primeiro momento, um
negócio impactado diretamente pela crise reduz o número de funcionários. Mas ao
conseguir se reposicionar e buscar novos mercados, volta a contratar com maior
rapidez. E é isso que está acontecendo agora.
Segundo analista do Sebrae
/Rio de Janeiro Mirella Marchito Condé, a crise econômica jogou o país em um
patamar de 18 anos atrás. A expectativa da analista é que dentro de seis, até
10 anos, seja possível alcançar o mesmo nível de 2013. “A alternativa é
empreender por conta própria enquanto não há vagas para todo mundo no mercado
formal”, afirma.
Pequenos negócios contratam
mais
Um estudo do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado em outubro demonstra
essa nova dinâmica do mercado. Com base na Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD) realizada em 2016, o levantamento mostra que as empresas que
têm entre um e cinco funcionários passaram a ocupar mais da metade dos
trabalhadores ativos do país. Até 2014, empreendimentos deste porte empregavam
46,6% dos trabalhadores, chegando a 50,1% no ano passado. E esses negócios
movimentam a economia. As empresas de menor porte respondem atualmente por 27%
do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de tudo o que é produzido no país.
No que diz respeito a
contratações, as micro e pequenas empresas admitiram 9 milhões de trabalhadores
em 2016, 60% mais do que os 5,7 milhões contratados pelas grandes e médias
empresas no mesmo período, conforme números do Ministério do Trabalho.
Outro dado interessante é
que desde o começo da crise aumentou o número de autônomos, os chamados
trabalhadores por conta própria, e empregadores. Esse grupo, que em 2012 somava
24 milhões, em 2016 atingiu 28 milhões de trabalhadores. Além da maior
formalização do trabalhador autônomo, a pesquisa identificou avanço do
percentual de empregadores registrados no CNPJ, que passou de 75,6% para 82%,
segundo o IBGE.
Nos dois casos, tanto para
os autônomos que se formalizam, quanto para os empregadores, o suporte financeiro
fornecido por bancos como o Bradesco ajudou a alcançar esses resultados
positivos.
Com a formalização, as
empresas estão aptas a buscar crédito, seja para capital de giro, investimento
ou compra de equipamentos e matéria-prima. Nesses casos, a grande vantagem são
as taxas de juros dos bancos, bem mais atrativas do que as do crédito pessoal.
Para que o empreendedorismo
continue levando o Brasil para frente, o tema está entrando aos poucos para a
vida acadêmica. Pesquisa da Endeavor sobre o “Empreendedorismo nas
Universidades Brasileiras 2016” aponta que 21% dos universitários pretendem
empreender no futuro e 6% já têm negócios próprios. Conforme o estudo, em 30%
dos casos a empresa é formada somente pelo proprietário. O caminho é longo, mas
é um dado positivo já que um dos maiores sonhos do brasileiro é ser dono do
próprio negócio.
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para empreender? Procure o Bradesco Empresas e Negócios, que tem linhas de
crédito sob medida para micro, pequenos e médios negócios. Mais informações em
empresasenegocios.bradesco Fonte: G1