De
janeiro a setembro deste ano, governo registrou 1.022 ocorrências de sífilis
congênita. No ano passado, foram feitas 1.507 notificações. Coordenação de
programa acredita que números de 2017 serão superiores aos de 2016.
Com
1.022 registros de sífilis congênita até 11 de setembro deste ano, a Secretaria
de Saúde de Pernambuco faz um alerta para a população. Para o coordenador do
Programa Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis, François Figueiroa,
em 2017, a quantidade de notificações vai superar o total de casos
contabilizados em 2016. No ano passado, 1.507 mães transmitiram a doença para o
bebê durante a gestação. Este ano, ele prevê que serão, ao menos, 1.600.
“Estamos
vivenciando uma epidemia no país e evidenciamos que o número está crescente em
Pernambuco também. Acredito que vamos fechar 2017 com, no mínimo, 1.600 casos”,
pontua. Em 2015, foram notificados 1.363 casos no estado.
A
sífilis é uma doença sexualmente transmissível que tem cura. Segundo François
Figueirora, na forma congênita, a criança pode nascer com sequelas, como
surdez, cegueira e retardo mental.
“É
uma doença silenciosa. A ferida que aparece nos órgãos genitais parece com um
arranhão que não dói e nem arde. As pessoas acham que é só um machucado, um
arranhão. Por isso é preciso fazer o teste antes de ter relações sexuais sem
preservativo e programar a gestação”.
O
Sistema Único de Saúde (SUS) garante o tratamento gratuito da sífilis. Para
tentar diminuir os números, a Secretaria de Saúde aposta na descentralização do
teste rápido. Mesmo com todas as facilidades, Figueiroa acredita que a
população não se previne, porque banalizou a doença.
“As
pessoas não estão percebendo o risco que se correm. Elas acham que a doença nem
exista mais. Banalizaram, porque tem tratamento. Podemos tratar em qualquer
estágio, mas as sequelas não regridem. A criança pode ficar com sequela e o
adulto também, se não tratar. Uma pessoa que já está na fase terciária pode ter
problemas neurológicos, de visão e cardíacos”, alerta.
Fonte: G1