O deputado federal Jarbas
Vasconcelos (PMDB) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB) são citados em uma
das delações premiadas enviadas pela Procuradoria-Geral da República ao
ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com os
delatores João Antônio Pacífico e Benedicto Júnior, os repasses, via caixa
dois, foram de R$ 700 mil para a campanha de Jarbas, em 2010. Entretanto, há
indícios de que os valores teriam chegado a R$ 2 milhões.
Segundo João Antônio
Pacífico, os valores foram repassados para Jarbas, sob a justificativa de
contribuição para a campanha, quando o deputado federal concorreu ao governo do
estado. A Odebrecht também teria doado uma quantia, não informada, a Eduardo
Campos, na época, mesmo ele sendo concorrente de Jarbas ao pleito de
governador.
Ao reafirmar uma relação
pessoal com Jarbas e dizer que o pagamento foi um “reconhecimento”, o delator
alega que o repasse não foi realizado com o objetivo de ter vantagens em
relação a futuras obras no estado. “A gente atua em Pernambuco desde 1919”,
completou. No sistema, o parlamentar recebia o apelido de “viagra”.
O pedido de inquérito número
4.402 foi devolvido pelo ministro Edson Fachin à Procuradoria-Geral da
República (PGR). No documento, Fachin pede que a PGR se manifeste sobre a
eventual extinção da punibilidade de Jarbas. O pedido é baseado na data do
ocorrido, a pena máxima prevista e a idade do deputado.
Em nota, a assessoria de
imprensa do deputado federal Jarbas Vasconcelos diz que o deputado reitera que
todos os recursos recebidos em suas campanhas, provenientes da Odebrecht ou de
qualquer outra empresa, foram repassados dentro da lei e estão declarados e
aprovados pela Justiça Eleitoral
A assessoria de imprensa do
PSB ratificou, neste sábado (15), o conteúdo de nota enviada na quarta-feira
(12). Nela, o partido afirma que apoia a quebra do sigilo das delações dos
executivos da Odebrecht e reafirma a confiança em todos os filiados mencionados
na lista. Fonte: G1
O PSB também reafirma sua
solidariedade à família do 'nosso ex-presidente nacional Eduardo Campos, citado
sem condições de se defender". A sigla declara sua decisão de 'atuar em
todas as instancias para que seu nome e sua honra jamais sejam maculados".