"cookieOptions = {close};" CURIOSIDADE!!! Pesqueira tem registros de aparições de Nossa Senhora das Graças entre 1936 e 1937

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CURIOSIDADE!!! Pesqueira tem registros de aparições de Nossa Senhora das Graças entre 1936 e 1937

Há 80 anos, Cimbres, região localizada no município de Pesqueira, Agreste do estado, se tornaria um dos poucos lugares do mundo a ser investigado como ponto de aparição de Nossa Senhora das Graças. A história sobrenatural é pouco conhecida entre os pernambucanos e teve início quando, em 1936, duas antigas moradoras afirmaram ter visto, no local que hoje é reconhecido como santuário do distrito, Nossa Senhora das Graças próxima a uma pedra. Até o ano seguinte, seriam realizados outros 40 registros, incluindo a formação de uma pequena fonte de água na pedra em que ela teria aparecido, como forma de provar à população a presença da santa. Uma das adolescentes pernambucanos que a teriam visto, inclusive, deve ter processo de beatificação iniciado em 2017.
O episódio chama a atenção dos fiéis e da própria Igreja Católica, que permitiu a celebração de missas e eventos religiosos na localidade. Oito décadas depois do primeiro registro, a região, antes dominada pelo medo causado por cangaceiros vindos de Alagoas com registros de roubos, assassinatos e incêndios, deu lugar à demonstração de fé.
Segundo o livro O Diário do Silêncio, de Ana Lígia Lira, que estudou e entrevistou uma das meninas que teriam visto as aparições, as garotas Maria da Conceição, 16, e Maria da Luz, 13, estavam conversando sobre o que fariam caso os cangaceiros voltassem. Quando questionada, a mais nova afirmou que Nossa Senhora protegeria as duas e, pela primeira vez, no dia 6 de agosto de 1936, perto de uma pedra, uma figura, que descreveram como luminosa, apareceu. “Quando as meninas perguntaram o nome da santa, ela respondeu: ‘Eu sou a graça'”, explica dom Rafael, que lançará um livro, ainda sem nome, em maio de 2016, comentando as 40 aparições na cidade e realizando análise histórica e teológica do ocorrido. Ao voltar para casa, as garotas contaram aos pais e eles chegaram a ir até o local, mas não conseguiram ver a santa. A história foi espalhada e as meninas, suas famílias e os padres que acreditaram na aparição chegaram a sofrer retaliações na cidade; “o pai de Maria da Luz chegou a ser preso”, conta a escritora e pesquisadora Ana Lígia.
As moças foram submetidas a exames psicológicos e declaradas “normais” pelo médico Lydio Parayba. 

A Igreja Católica também mandou que o padre alemão José Kehrle investigasse a história. “Ele foi muito inteligente. As meninas não eram alfabetizadas e, para ter certeza de que elas realmente estavam vendo a santa, fazia perguntas para que elas as repassassem para a santidade, em alemão e latim, e as meninas respondiam em português.
Ou seja, a santa mediava a conversa”, conta dom Rafael. Depois desses questionamentos, o padre Kehrle e o frei Estevão Rottiger, que confiou no relato, acreditaram que as meninas realmente tinham visto Nossa Senhora das Graças, conforme registros em diário do alemão. “Elas pediram um sinal para que as pessoas acreditassem nas aparições. Desde então, começou a sair água de dentro da pedra, como uma fonte, e sai até hoje”, explica a pesquisadora Ana Lígia. Considerado sagrado, o líquido é levado pelos fiéis. “Quando o padre Kherle pediu para as videntes perguntarem a Nossa Senhora para quê servia a água, ela respondeu que era para curar quem tivesse fé”, completa. Entre os pedidos da santa, estava justamente o da realização de festa religiosa no lugar, que se mantém como tradição local até hoje, sempre no mês de agosto, tendo, no dia 31, o ponto alto da celebração, que é quando acredita-se ter sido feito o pedido. 
Fonte Diário de Pernambuco 

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