A pandemia do novo
coronavírus fez com que as famílias sentissem o impacto no bolso com relação à
compra de itens alimentícios. Um levantamento do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que os alimentos tiveram impacto nas
famílias, respondendo por 34% da inflação nas de baixa renda.
Alguns itens comuns da cesta
básica, como feijão, arroz, macarrão, açúcar, frutas e verduras, além da carne,
tiveram aumento nos últimos meses.
A dona de casa Rosana
Menezes, que mora com o filho, gastava em torno de R$ 400 na feira mensal.
Agora, precisa desembolsar quase o dobro. "Você vê um aumento muito grande
de janeiro para cá, principalmente nesse período da pandemia. A parte de
alimentação aumentou bastante, tanto em mercado como em feira livre,
principalmente a carne", contou.
Em um supermercado de
Caruaru, no Agreste de Pernambuco, a reportagem da TV Jornal Interior encontrou
o quilo de arroz a R$ 3,49, o de feijão quase R$ 10. O óleo está custando R$
4,79; o açúcar R$ 2,39; o pacote de fubá R$ 1,39 e a carne, quase R$ 30.
De acordo com o gerente de
um supermercado, Ivanildo Rodrigues, os impactos da pandemia fizeram com que os
preços dos produtos fossem afetados. "Essa demanda das indústrias e as
dificuldades na logística de transporte de alimentos e a demanda em si pelo
consumo, acabam repassando para os mercados alguns produtos com aumento. Isso
acaba repercutindo para o consumidor final", destacou.
O gerente de outro
supermercado, Wesley Cunha, espera dias melhores com a estabilização dos
números da covid-19. "Desde que começou a pandemia, vários produtos
tiveram um aumento devido à alta do dólar, muitas empresas estão trabalhando
com quadro reduzido. Mas a perspectiva é dar esse retorno. Alguns itens da
cesta básica começaram a voltar [ao que eram]".
NE 10 Interior
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