O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS),
Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou nesta segunda-feira que a pandemia do
coronavírus está longe de ter terminado e que o "pior ainda está por
vir". No domingo, o total de infectados pelo novo coronavírus no
mundo ultrapassou a marca de 10 milhões e 500 mil mortes,
segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins.
— Todos nós queremos que isso acabe. Todos queremos
continuar com nossas vidas. Mas a dura realidade é que isso não está nem perto
de terminar. Embora muitos países tenham feito algum progresso globalmente, a
pandemia está realmente acelerando — alertou Adhanom. — A maioria das
pessoas permanece suscetível, o vírus ainda tem muito espaço para se
movimentar.
Apesar do tom pessimista, o chefe do programa de
emergências da OMS, Mike Ryan, celebrou o enorme progresso na busca por uma
vacina segura e eficaz para prevenir a doença, mas lembrou que ainda não há
garantia de que o esforço conjunto será bem-sucedido.
O Ministério da Saúde anunciou, no sábado, a produção de
30,4 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 em parceria com a
Universidade de Oxford, com investimento de US$ 127 milhões. Os testes estão em
fase final e o primeiro lote deve ser produzido em dezembro deste ano, e o
segundo em janeiro de 2021 pela Bio-Manguinhos.
A América
Latina, onde o vírus chegou tardiamente, superou a Europa no total
acumulado de casos — a América do Norte, porém, está à frente do ranking das
mortes. Os Estados
Unidos respondem por 25% de todos os óbitos mundiais. Em seguida vem o
Brasil, com 10% dos óbitos, embora tenha menos de 3% da população mundial. Em
comum, os dois países têm presidentes com histórico de minimizar a doença. O
americano Donald Trump, porém, mudou de posicionamento e incentivou o aumento
da testagem. Jair Bolsonaro, por sua vez, reclamou na última quinta-feira do “excesso
de preocupação” de governadores e prefeitos com a Covid-19. Fonte: G1
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