Mendonça: informação da
Anvisa confirma denúncia de respiradores testados em porcos
O ex-ministro Mendonça Filho afirmou que a
nota técnica enviada pela Agência de Nacional de Vigilância Sanitária para a
Polícia Federal, informando que os 500 respiradores pulmonares comprados pela
Prefeitura do Recife não podem ser utilizados em humanos e não tem autorização
para ser vendido no País comprovam a gravidade das denúncias feitas por ele ao
Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União. “A nota técnica enviada pela Anvisa para a
Polícia Federal mostra total descaso da gestão Geraldo Júlio com a saúde das
pessoas. Comprar equipamento só testado em porcos e proibido de comercializar
para humanos é inaceitável. Um crime contra a vida”, criticou.
Segundo Mendonça, a gestão da pandemia pelo
Governo do Estado e pela Prefeitura é desastrosa e coloca em risco a vida das
pessoas. “Já são mais de 90 dias de crise na saúde, que continua com leitos
fechados nos hospitais de campanha por falta de equipamentos como
respiradores”, afirmou, ressaltando que a Prefeitura do Recife continua
atrapalhada na compra de outros respiradores. Mendonça considera que o distrato
do contrato e a devolução relâmpago do dinheiro, para se livrar das
investigações, não anulam os atos irregularidades, nem a falta de compromisso
com as pessoas que aguardam leito de UTI ou que deixaram de ser salvas por
falta de assistência à saúde.
Mendonça Filho denunciou o contrato com
a Juvanete Barreto Freire aos órgãos de controle e fiscalização, por causa do
perfil da empresa - capital social de R$ 50 mil, criada há sete meses e o
comércio de produto veterinário como atividade principal - e o gritante
desencontro de informações nos sites da Prefeitura do Recife, como valores diferentes,
contratos com páginas faltando. Desde que a denúncia veio à tona, o caso teve
vários capítulos como a de que os respiradores não tinham aval da Anvisa, não
foram testados em humanos e estavam em fase experimental em porcos.
A Prefeitura anunciou o cancelamento da
compra dos respiradores em tempo recorde. Em menos de 24 horas fizeram o
destrato e a devolveram 35 ventiladores pulmonares ao representante da empresa
no Recife. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal na Operação Apneia.
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