O Brasil tem 42.055 mortes por coronavírus
confirmadas até as 13h deste sábado (13), aponta um levantamento feito
pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias
estaduais de Saúde.
O consórcio divulgou na sexta-feira (12), às 20h, o quinto
balanço, com os dados mais atualizados das secretarias estaduais naquele
momento. Depois desse balanço, seis estados (GO, MG, MS, PA, PE e TO) e o DF
divulgaram novos dados.
Veja os dados atualizados às 13h deste sábado (13):
42.055 mortes
832.866 casos confirmados
(Na sexta, 12, às 20h, o balanço
indicou: 41.901 mortes, 843 nas últimas 24 horas; e 829.902 casos
confirmados. Desde então, houve atualizações em DF, GO, MG, MS, PA, PE e TO.)
Os dados foram obtidos após uma parceria inédita
entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que
passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações
necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.
O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a
evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números
consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo
coronavírus.
O Brasil é agora o segundo país com o maior número de
mortes pela doença no mundo. O país ultrapassou o Reino Unido, que tem 41.566
óbitos, de acordo com o painel da Universidade Johns Hopkins, baseado em dados
oficiais das nações. Os EUA têm 114 mil mortes.
Parceria
A parceria entre os veículos de comunicação foi feita em
resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados
sobre a pandemia de Covid-19. Personalidades do mundo político e jurídico,
juntamente com entidades representativas de profissionais e da imprensa, elogiaram
a iniciativa.
Mudanças feitas pelo Ministério da Saúde na publicação de
seu balanço da pandemia reduziram por alguns dias a quantidade e a qualidade
dos dados. Primeiro, o horário de divulgação, que era às 17h na gestão do
ministro Luiz Henrique Mandetta (até 17 de abril), passou para as 19h e depois
para as 22h. Isso dificultou ou inviabilizou a publicação dos dados em
telejornais e veículos impressos. “Acabou
matéria no Jornal Nacional”, disse o presidente Jair Bolsonaro, em tom de
deboche, ao comentar a mudança.
A segunda alteração foi de caráter qualitativo. O portal
no qual o ministério divulga o número de mortos e contaminados foi retirado do
ar na noite da última quinta-feira (4). Quando retornou, depois de mais de 19
horas, passou a apresentar apenas informações sobre os casos “novos”, ou seja,
registrados no próprio dia. Desapareceram
os números consolidados e o histórico da doença desde seu começo. Também
foram eliminados do site os links para downloads de dados em formato de tabela,
essenciais para análises de pesquisadores e jornalistas, e que alimentavam
outras iniciativas de divulgação.
Entre os itens que deixaram de ser publicados estão:
curva de casos novos por data de notificação e por semana epidemiológica; casos
acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica; mortes por data
de notificação e por semana epidemiológica; e óbitos acumulados por data de
notificação e por semana epidemiológica.
Neste domingo (7), o governo anunciou que voltaria a
informar seus balanços sobre a doença. Mas
mostrou números conflitantes, divulgados no intervalo de poucas horas.
Nesta sexta (12), mais uma vez o
Ministério da Saúde divulgou os dados completos, obedecendo
a ordem do STF. Segundo a pasta, houve 909 novos óbitos e 25.982 novos
casos, somando 41.828 mortes e 828.810 casos desde o começo da pandemia –
números totais menores que os apurados pelo consórcio. Fonte: G1
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