O estado de São Paulo registrou nesta quinta-feira (28) o
recorde de 6.382 novos casos confirmados de coronavírus em 24 horas,
chegando ao total de 95.865, segundo dados da Secretaria Estadual da
Saúde. O recorde acontece no dia seguinte ao que o governo de São Paulo anunciou
a flexibilização gradual da quarentena para algumas regiões do estado.
As novas confirmações não significam, necessariamente,
que as infecções aconteceram de um dia para o outro, mas sim que foram
contabilizadas no sistema. No entanto, o maior
número diário anterior havia sido de 4.092, registado no dia 15 de maio.
Segundo a secretaria, também foram registradas 268
novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de
6.980.
O número de pessoas internadas em hospitais estaduais
para tratamento da doença continua alto. São 12,5 mil pacientes, sendo
4.701 em leitos de Unidade de Terapia intensiva (UTI) e 7.805 em enfermaria.
Em relação à quarta-feira (27), foi registrado aumento na
taxa de ocupação de leitos de UTI no estado, de 73,2% para 77,4%. A Grande
São Paulo também teve aumento de 87,6% para 89,2%.
As medidas do sistema de saúde são agora utilizadas pelo
governo como principal critério no novo plano para definir quais municípios
poderão flexibilizar as medidas de isolamento social. O cálculo leva em
consideração a capacidade hospitalar para cada 100 mil habitantes, ocupação de
leitos de UTI da rede pública e privada, novas internações, novos casos e novas
mortes nos últimos 7 dias.
A taxa
de isolamento social, que vinha sendo adotada pelos governos estadual e municipal
como um dos principais critérios para definição de medidas para contenção da
doença - com índice mínimo de 55% - deixou de balizar as ações para
flexibilização da quarentena com a reabertura gradual do comércio.
Há uma semana, o governo do estado chegou a anunciar
a contratação de leitos da rede particular com a justificativa de que
em três semanas aconteceria um colapso do sistema de saúde. No mesmo dia, o
Secretário Municipal de Saúde, Edson Aparecido, também previu colapso no
sistema da capital.
"Efetivamente se não avançarmos na taxa de isolamento,
o sistema de saúde estará bastante estressado nos próximos 15, 20 dias. Nós não
temos mais limites para ampliação mesmo com aquisição de leitos na área privada
e de ampliação na área pública", disse Aparecido à época.
Nesta quarta-feira, no entanto, o governo de São Paulo
afirmou que as medidas de isolamento foram suficientes para desacelerar
a contaminação e que as medidas de ampliação no sistema de saúde
possibilitam a volta gradual de alguns setores.
Embora a capital tenha mantido índices mais altos de
ocupação de leitos, próximos
de 90%, o prefeito Bruno Covas (PSDB) também afirmou nesta quinta-feira
(28) que o esforço feito na cidade resultou na diminuição
da taxa de transmissão da doença e estabilização.
A cidade de São Paulo foi classificada com a cor laranja
no plano de reabertura, fase em que há a possibilidade de liberações com
restrições a partir de 1º de junho de atividades imobiliárias, escritórios,
concessionárias, comércio e shopping center.
Segundo Covas, a liberação só será permitida após envio
de protocolo pelos setores e aprovação da vigilância sanitária da
gestão municipal. Fonte: G1
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