A educação pernambucana está em festa: o Campus Belo
Jardim do Instituto Federal de Pernambuco completa, neste dia 5 de maio, 50
anos de fundação. Com uma história marcada por muito amor e dedicação à
educação profissionalizante humanitária, o Campus Belo Jardim se mantém firme,
desde os seus primórdios, no propósito de formar e transformar vidas,
sempre permanecendo fiel à missão de ajudar a construir uma sociedade mais
justa e igualitária.
Os frutos deste meio século de trabalho e zelo pela
educação estão espalhados por todo o Brasil, na forma de milhares de
profissionais formados em nossas salas de aula e laboratórios, que levaram
consigo o conhecimento técnico e superior para cada recanto do país. Em muitos
casos, até do mundo.
Uma história que começou em 1970, a partir de uma
parceria do Governo Federal e do Governo de Pernambuco, que possibilitou a
fundação do então Colégio Agrícola de Belo Jardim, em um tempo que o ensino
técnico era coisa rara na educação brasileira. Para se ter uma ideia, nesta
época, o Governo Federal mantinha em apenas três municípios de Pernambuco
instituições que ofertavam ensino desta natureza: Barreiros, Vitória de Santo
Antão e São Lourenço da Mata.
E, por incrível que pareça, ainda temos na ativa um
servidor que trabalha desde a fundação do Campus, ou melhor, desde antes da
fundação. “Comecei a trabalhar no dia 17 de abril de 1970, alguns dias antes da
escola começar as suas atividades”, conta o motorista Antônio Tavares, 67 anos
de idade e 50 anos dedicado ao Campus. “Naquela época, a nossa produção
agrícola era muito grande, uma vez por mês enchíamos um caminhão de alimentos e
levávamos para vender na feira”, relembra com nostalgia.
Com o crescimento e sucesso do ensino, acontece em 1979 a
primeira grande transformação do então Colégio Agrícola, que passa a ser
denominado de Escola Agrotécnica Federal de Belo Jardim. Foi nessa época que
começou a trabalhar na escola um personagem muito conhecido da escola, o
professor Carlos Alberto Campos. “Comecei como aluno e ingressei como professor
logo ao término do curso, em 1980”, lembra. “Naquela época, Belo Jardim já era
um grande polo de produção de olerícolas e frutíferas, e estava diversificando
sua produção nas áreas de avicultura e produção leiteira. Começamos a formar os
alunos que ajudaram no desenvolvimento destas culturas em nossa região”,
explica Carlos.
Em 1993, acontece outra mudança importante na história da
escola, que passou a ser uma autarquia federal dotada de
autonomia administrativa, financeira, patrimonial, didática e disciplinar,
o que possibilitou uma independência maior de sua gestão e permitiu que novos
cursos fossem idealizados e criados, sempre voltados a atender a demanda
técnica e profissional da região.
Foi neste contexto histórico que chegou ao Campus o atual
diretor-geral, professor Marcos Germano, que assumiu seu mandato nesta ultima
segunda-feira (4). “É muito gratificante para mim ter feito parte de mais da
metade da história deste Campus, que há 50 anos promove a geração e a
divulgação de conhecimento. Nestes últimos 30 anos, vimos o Campus expandir
muito a oferta de cursos para a comunidade, passando de apenas um curso técnico
para quatro cursos técnicos e dois superiores. Isso é motivo de orgulho para
cada um de nós que trabalhamos nesta escola”, afirma Marcos, que foi um dos
primeiros professores contratados à época para o recém-criado curso técnico em
Agroindústria.
Em 2008, a escola passou pela sua última e atual
transformação, se tornando o Campus Belo Jardim do IFPE e se integrando à Rede
Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Transformação esta
que possibilitou uma maior modernização e flexibilização de sua estrutura,
ajudando a escola a se adequar às demandas dos novos tempos.
Vida longa ao Campus Belo Jardim!
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