Ao responder, hoje, à pergunta de um jornalista sobre o
número de mortes por coronavírus no país, o presidente Jair Bolsonaro afirmou
que não é "coveiro".
Bolsonaro deu a declaração no final da tarde, na portaria
do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, enquanto conversava
com jornalistas e apoiadores.
Segundo o Ministério da Saúde, até esta segunda-feira, o
Brasil registrava 2.575 mortes e 40.581 casos confirmados de pessoas
contaminadas pelo coronavírus.
"Presidente, hoje tivemos mais de 300 mortes [são
113; depois de divulgar, o Ministério da Saúde corrigiu]. Quantas mortes o
senhor acha que...", perguntava um jornalista quando Bolsonaro o
interrompeu.
"Ô, cara, quem fala de... Eu não sou coveiro, tá
certo?", declarou o presidente.
O repórter, então, tentou fazer novamente a pergunta.
"Não sou coveiro, tá?", repetiu o presidente da
República.
Pela manhã, ao sair do Palácio da Alvorada, ao fazer um
comentário sobre a epidemia, Bolsonaro disse que 70% da população será
contaminada e "não adiante querer correr disso".
"Aproximadamente 70% da população vai ser infectada.
Não adianta querer correr disso. É uma verdade. Estão com medo da
verdade?", afirmou.
Segundo ele, "houve uma potencialização das
consequências do vírus".
"Levaram o pavor para o público, histeria. E não é
verdade. Estamos vendo que não é verdade. Lamentamos as mortes, e é a vida. Vai
morrer", afirmou.
No último dia 29, após voltar de um passeio por Brasília,
Bolsonaro repetiu o argumento de que todos vão "morrer um dia" e disse
que para se enfrentar o vírus é necessário agir "como homem".
"Essa é uma realidade, o vírus tá aí. Vamos ter que
enfrentá-lo, mas enfrentar como homem, porra. Não como um moleque. Vamos
enfrentar o vírus com a realidade. É a vida. Todos nós iremos morrer um
dia". Fonte: Blog do Magno
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