A mulher de 66 anos, que, ao lado do marido, foi a
primeira diagnosticada com a Covid-19 em Pernambuco teve cura clínica
constatada nesta sexta-feira (20). Ela estava internada no Real Hospital
Português (RHP), no bairro do Paissandu, área central do Recife. De acordo com
a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), o caso da paciente não era grave. Ela
ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para monitoramento, chegou a
contrair uma infecção paralela e, em seguida, foi registrada a cura. A unidade
de saúde confirmou a informação divulgada pela SES.
“O marido dela, de 71 anos, e outros oito pacientes da
doença, permanecem internados, todos estáveis. Os demais casos confirmados
estão em isolamento domiciliar”, disse o secretário estadual de Saúde, André
Longo. “Apesar de ter passado um período na UTI, a mulher não se
encontrava em situação de gravidade, foi muito mais para vigilância. Ela
desenvolveu uma infecção, que é esperado que aconteça, foi tratada e está em
condições clínicas de alta hospitalar”, afirmou o chefe do setor de
infectologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Recife,
Demétrius Montenegro.
O casal, que mora em Boa Viagem, Zona Sul do Recife,
apresentou sintomas da doença após viagem para Roma, na Itália, segundo país
com mais casos do novo coronavírus no mundo e com o maior número de mortes.
Eles retornaram para o Brasil no dia 29 de fevereiro e foram internados em 5 de
março. A confirmação dos casos aconteceu no dia 12 deste mês.
Nas últimas 24 horas, o número de casos confirmados da
Covid-19 em Pernambuco subiu de 28 para 31. Dois dos novos casos são de
residentes do Recife e um de Jaboatão dos Guararapes. No total, são 529 casos
notificados da doença no estado. Desses, 289 ainda estão em investigação.
No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, são 904 casos confirmados e 11
mortes.
Medidas
Nesta sexta-feira, o governo de Pernambuco decretou estado de calamidade pública. O governador Paulo Câmara anunciou, pela manhã, novas medidas restritivas. Por meio de decreto, o governo determina, a partir do próximo domingo (22), o fechamento do comércio e dos serviços em todo o estado, além da paralisação das obras da construção civil. O transporte intermunicipal também será proibido a partir da segunda-feira (23).
Nesta sexta-feira, o governo de Pernambuco decretou estado de calamidade pública. O governador Paulo Câmara anunciou, pela manhã, novas medidas restritivas. Por meio de decreto, o governo determina, a partir do próximo domingo (22), o fechamento do comércio e dos serviços em todo o estado, além da paralisação das obras da construção civil. O transporte intermunicipal também será proibido a partir da segunda-feira (23).
O governador explicou ainda que não estão incluídos na lista do novo decreto serviços relacionados à alimentação, como supermercados, padarias, mercadinhos, casas de ração animal, farmácias e depósitos de água mineral e gás, além de obras de serviços essenciais (como hospitais e abastecimento de água, gás, energia e internet). Obras contratadas pelo serviço público de todos os entes federativos também estão mantidas.
O secretário de Saúde explicou que medidas para a
regulamentação do funcionamento de supermercados e farmácias estão sendo
estudadas. “Estamos analisando medidas para evitar aglomerações (nesses locais
que podem permanecer abertos). Por enquanto, a orientação é que os
frequentadores evitem contato próximo, não saiam com sintomas gripais e não
tenham contato com os mais vulneráveis, que são os idosos e pessoas com doenças
crônicas”, disse.
O governo encaminhou nesta sexta à Assembleia Legislativa
de Pernambuco (Alepe) três expedientes: o primeiro institui o fundo estadual
para recebimento de doações para enfrentar a epidemia de coronavírus; outro
informa a adoção de rito sumário para aquisição de equipamentos, insumos,
prestação de serviços e contratação de profissionais de saúde; e, por fim, a
decretação de estado de calamidade pública no estado.
Sobre as requisições administrativas de imóveis e
produtos, o governo do estado esclareceu que todas as ações estão sendo
acompanhadas pela Secretaria da Fazenda e que os pagamentos referentes a essas
requisições serão prioridade. “Pedi reunião por teleconferência com
empresários. Além do pagamento justo e imediato, (esse tipo de ação) é excepcional.
É momento de contingência. Estamos com um cenário de quase guerra. Os
empresários estão colaborando, e o pagamento será feito. Estamos pegando para o
bem coletivo”, afirmou o secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio
Padilha.
O estado anunciou ainda que, até o fim do mês, pagará o
segundo grupo do 13º do Bolsa Família. Serão 395.930 famílias que receberão até
R$ 150 a mais em suas contas. Em fevereiro, o primeiro grupo de 381.789
beneficiados já recebeu a parcela extra. Em abril, o terceiro grupo, com 380
mil pessoas, será beneficiado.
(Com informações do Diário de Pernambuco)
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