O Ministério da Saúde anunciou que vai liberar
a partir de sexta-feira 3,4 milhões de unidades do medicamento cloroquina para
que os médicos possam avaliar seu uso em pacientes graves do novo coronavírus,
que já matou 57 pessoas no Brasil. Foi elaborado um protocolo, que prevê cinco
dias de tratamento, sempre dentro do hospital e monitorado por um médico, em
razão de seus efeitos colaterais. O remédio já é utilizado no tratamento de
malária, lúpus e artrite.
— O que o Ministério da Saúde está fazendo é deixar no
arsenal, deixar à mão do profissional médico. Se ele entender que o paciente
grave pode se beneficiar, o que vamos fazer é deixar esse remédio ao alcance
dele — disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos, Denizar Viana, destacou que o uso será restrito. Ele disse que,
no caso dos pacientes graves, os benefícios podem superar os riscos.
— Esse medicamento não é indicado para prevenção. Não é
indicado para os sintomas leves — disse Denizar.
Segundo o Ministério da Saúde, a cloroquina demonstrou
ter ação contra o vírus em laboratório. Também há indicação de melhora nos
pacientes graves. Por outro lado, o Ministério da Saúde ressaltou que ainda é
preciso evidências clínicas mais robustas. "A única evidência mostra
aparente redução da carga de vírus em secreções respiratórias", informou a
pasta. Fonte: G1
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