Sepultar os entes queridos
nos cemitérios da cidade de Poção, no agreste de Pernambuco, tem se tornado
algo constrangedor pela falta de espaço. A cidade conta com quatro cemitérios,
mas todos estão lotados.
No início de outubro, um
jovem morreu vítima de acidente de trânsito, mas não pôde ser enterrado no
cemitério da cidade onde nasceu. Segundo a mãe dele, Maria Madalena, o que mais
dói é o desprezo por parte do poder público. "Somos filhos naturais e
queremos sepultar nossos familiares aqui", disse.
O corpo do filho de Madalena
foi enterrado no cemitério do Sítio Lagoa Seca, na zona rural da cidade, que
também já está lotado.
Recentemente foram criadas
gavetas para sepultar indigentes, mas estão desocupadas. Na cidade, cerca de 70
pessoas morrem por ano.
De acordo com o
administrador do cemitério Campo Santo, Jailson José, só é possível enterrar
alguém na cidade se um familiar já tiver um túmulo. "Temos gavetas
públicas e, infelizmente é o que temos no momento", frisou.
Fonte: NE10 Interior
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