O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,
afirmou ao blog que o governo rejeitará a ajuda
do G7 para combater as queimadas
na Amazônia, anunciada nesta segunda-feira (26) pelo presidente da
França, Emmanuel
Macron.
O anúncio foi feito na França, após Macron ter
participado de uma reunião do G7. Segundo ele, o grupo decidiu destinar
20 milhões de euros para combater as queimadas.
O presidente francês e o presidente Jair Bolsonaro têm
feito críticas
públicas um ao outro desde a semana passada.
"Agradecemos, mas talvez esses recursos sejam mais
relevantes para reflorestar a Europa. O Macron não consegue sequer evitar um
previsível incêndio em uma igreja que é um patrimônio da humanidade e quer
ensinar o quê para nosso país? Ele tem muito o que cuidar em casa e nas
colônias francesas", disse Onyx ao blog.
"O Brasil é uma nação democrática, livre e nunca
teve práticas colonialistas e imperialistas como talvez seja o objetivo do
francês Macron. Aliás, coincidentemente com altas taxas internas de rejeição",
acrescentou o ministro da Casa Civil.
Ao blog, Onyx Lorenzoni disse ainda que o Brasil pode
ensinar "a qualquer nação" como proteger matas nativas. "Aliás,
não existe nenhum país que tenha uma cobertura nativa maior que o nosso",
acrescentou.
Mais cedo, nesta segunda-feira, o ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, chegou a dizer que a
ajuda anunciada pelo G7 era "bem-vinda".
Também nesta segunda, Bolsonaro não
disse se aceitaria ou não o apoio, mas questionou o anúncio feito por
Macron. "Será que alguém ajuda alguém – a não ser uma pessoa pobre, né? –
sem retorno? [...] O que que eles querem lá há tanto tempo?".
Fundo Amazônia
No último dia 15, quando a Noruega decidiu suspender
o repasse de recursos para o Fundo Amazônia, o presidente Bolsonaro
sugeriu ao país que repassasse
o dinheiro para a Alemanha.
"A Noruega não é aquela que mata baleia lá em cima,
no Polo Norte, não? Que explora petróleo também lá? Não tem nada a dar exemplo
para nós. Pega a grana e ajude a Angela Merkel a reflorestar a Alemanha",
afirmou Bolsonaro na ocasião.
Fonte: G1
0 Comentários