Pela primeira vez, em 48 anos de história, a Companhia
Pernambucana de Saneamento (Compesa) é comandada por uma mulher. Hoje, Manuela
Marinho assumiu a gestão da companhia com o desafio de ampliar o abastecimento
de água e esgotamento sanitário em Pernambuco, e uma perspectiva de R$ 1 bilhão
em investimentos em obras de abastecimento de água e esgotamento
sanitário para 2019. A presidência da Compesa foi repassada para Manuela
Marinho por Roberto Tavares – que esteve na estatal por 12 anos, dos quais
quase nove como diretor-presidente – durante cerimônia ocorrida no Centro
Administrativo Governador Eduardo Campos, sede da companhia, no bairro de Santo
Amaro, Recife. A solenidade, em auditório lotado, contou com a presença da
vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, da secretária de Infraestrutura
e Recursos Hídricos (Seinfra), Fernandha Batista, e do presidente do Conselho
Administrativo da Compesa, João Bosco de Almeida, além de prefeitos,
secretários de Estado e demais autoridades.
À frente de 7 mil colaboradores (diretos e indiretos),
Manuela tem a missão de finalizar importantes obras hídricas estruturadoras,
como a primeira etapa da Adutora do Agreste, que possibilitará abastecer com
água da Transposição do Rio São Francisco 23 cidades, a maioria localizada na
região Agreste. Para se integrar às tubulações da Adutora do Agreste, são
executados empreendimentos grandiosos que transportarão água de uma região para
outra, como a Adutora de Serro Azul, o Sistema dos Poços de Tupanatinga e a
Adutora do Alto Capibaribe, essa última inclusive de alcance interestadual (vai
levar água da Paraíba para Pernambuco). “A Compesa é uma das empresas mais
desafiadoras do nosso Estado porque presta serviços essenciais que impactam
diretamente na qualidade de vida de mais de sete milhões de pernambucanos em
172 municípios, além do distrito de Fernando de Noronha. Vamos trabalhar pelo
fortalecimento da gestão, tocar os atuais projetos e criar novas oportunidades,
tendo em vista que o saneamento é uma das grandes marcas da gestão de Paulo
Câmara”, disse Manuela Marinho, que ao lado do governador, envidará esforços
para formalizar o convênio de execução da segunda etapa da Adutora do Agreste,
estimada em R$ 2 bilhões.
Ainda no interior, a nova presidente vai administrar
obras de implantação de sistemas de coleta e tratamento de esgoto como as que
são realizadas nas cidades de Caruaru, Sanharó, Belo Jardim e Gravatá, todas no
Agreste, que são alguns empreendimentos previstos no Programa de Saneamento
Ambiental da Bacia do rio Ipojuca (PSA Ipojuca), recursos do Governo do Estado
e Bid (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e no Programa de
Sustentabilidade Hídrica de Pernambuco-PSH. Este último abrange obras de
esgotamento sanitário em Santa Cruz do Capibaribe e Surubim, além de execução
de projetos para implantação de sistemas de esgoto em 11 cidades banhadas pelo
Rio Capibaribe, recursos financiados pelo Banco Mundial (Bird).
Já na Região Metropolitana do Recife (RMR), Manuela
Marinho irá tocar obras que estão em andamento para melhoria do abastecimento
para a região do Ibura e dos Morros da Zona Norte, no Recife, para ampliação do
Sistema de Suape-Ipojuca e também o projeto Olinda+Água, que tem o objetivo de
estabelecer o fornecimento de água todos os dias para 15 bairros da cidade de
Olinda, até o ano de 2021. Manuela Marinho ainda vai administrar a maior
Parceria Pública Privada do país, a PPP do Saneamento de Pernambuco, o Programa
Cidade Saneada. Iniciado em 2013, o programa tem a missão de ampliar de 30%
para 90% a cobertura de esgotamento sanitário nas 15 cidades da RMR até o ano
de 2037. Ao final do projeto serão aplicados R$6,7 bilhões, recursos públicos e
privados, iniciativa que beneficiará 5 milhões de pessoas.
Fonte: Blog do Magno
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