Rompidas desde 2016, as duas maiores facções do Brasil se
juntaram em uma tentativa de derrubar as restrições impostas pelo ministro da
Justiça, Sergio Moro, para o sistema penitenciário federal. Integrantes das
organizações criminosas paulista e fluminense concordaram em ir à Justiça para
contestar a portaria 157, assinada por Moro em fevereiro, que proíbe o contato
físico entre presos e seus familiares, além de reforçar o veto à visita íntima.
A medida visa a bloquear a comunicação com o mundo
externo. Isso porque chefes presas costumam enviar ordens para os integrantes
da rua, por meio de bilhetes entregues a familiares e advogados. A portaria
também ratifica outra decisão, de agosto de 2017, que proibiu visitas íntimas,
por tempo indeterminado, a quem foi membro de facção, líder de quadrilha ou que
tentou fuga.
A costura do acordo entre as facções, assim como as ações
judiciais, foram feitas por advogados do Instituto Anjos da Liberdade, que
atuam em nome de todos os presos das unidades federais. Para contestar as
imposições da portaria de Moro, o instituto entrou no Supremo Tribunal Federal (STF)
com três arguições de descumprimento de preceito fundamental, entre outras
ações.
Fonte: Blog do Magno
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