Prestes a ser indicado formalmente para assumir a
embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos, o deputado Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP) defendeu nesta quarta-feira, 14, a sinergia entre diplomacia
e defesa nacional ao discursar na abertura do Seminário "Desafios à Defesa
Nacional e o papel das Forças Armadas", realizado na Câmara. "O
próprio Frederico II, conhecido como O Grande, disse certa vez que 'diplomacia
sem armas é como música sem instrumentos'", afirmou.
Eduardo afirmou ainda que um país pacífico não é aquele
que não tem armas e que o discurso do desarmamento que alguns fazem tem como
pano de fundo "interesses sombrios de quem não tem projeto para a nação,
mas só para si mesmo".
"Diplomacia e Defesa são faces da mesma moeda.
Instrumentos de exercício da soberania nacional e da garantia da autonomia em
nosso relacionamento externo", disse ele a uma plateia composta majoritariamente
por deputados e militares.
Eduardo Bolsonaro afirmou ainda que os dois setores
querem caminhar juntos em "um projeto de Brasil acima de tudo e de uma
pátria soberana e forte". "Tanto para o diplomata quanto para o
soldado, o cenário com que se defrontam é imprevisível e instável. As ameaças
são difusas e invisíveis", disse.
O deputado não quis comentar as declarações à imprensa
após o evento.
'Dentro dos parâmetros'
O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, afirmou
que o debate sobre o tema traz "a importância e relevância do papel que as
Forças Armadas", no Brasil, país com grandes dimensões e riquezas
naturais. "É hora de discutir a situação atual das Forças Armadas, seu
orçamento, seu poder dissuasório", disse.
Sobre a indicação de Eduardo para a embaixada brasileira
nos Estados Unidos, Azevedo afirmou que ela está "dentro dos
parâmetros". "É uma deferência do presidente da República
indicar", disse. Fonte: DP