Não foram somente os três gols em seis jogos – quatro
como titular - e a artilharia da Copa América que lhe renderam novo status ao
lado de Tite na Seleção. Everton Cebolinha ganhou algo que não se
mede: o carinho do torcedor brasileiro, sempre tão exigente com seus
clubes e seleções.
Os gritos de “É Cebolinha” se espalharam pelos seis
estádios que o Brasil atuou na competição. Uma ligação que nasceu
espontaneamente, com dribles, gols e no futebol ofensivo de Everton. Conquistou
até Tite, que no fim da coletiva brincou e disse a um grupo de jornalistas
sobre a volta de Neymar:
- (Joga) ele (Everton), Neymar e mais nove – disse o
treinador, saindo de mansinho.
Na saída do estádio, um atencioso Everton parava em cada
grupo de jornalistas para entrevistas. Com o troféu de artilheiro na mão – no
critério de desempate com Guerrero, levou por assistência -, ele respondia
sobre futuro e sobre a ausência de Neymar, que lhe abriu as portas na
competição.
Everton foi franco ao falar da ausência do jogador do
PSG, cortado
na véspera da Copa América.
- Acredito em destino. Se o Neymar estivesse, talvez eu
tivesse poucas oportunidades. E eu tinha isso em mente, que quando eu tivesse
poucas oportunidades, eu tinha que aproveitar da melhor maneira possível.
Aconteceu que ele se lesionou. Tive um pouco mais de oportunidades e, graças a
Deus, eu pude corresponder – disse o atacante do Grêmio.
Fonte: GE