Duas adolescentes foram apreendidas em flagrante na manhã
desta terça-feira (25) depois de torturarem, esfaquearem, espancarem e afogarem
uma colega na praia do Pontal de Maria Farinha, em Paulista, na Região
Metropolitana do Recife. O assassinato foi todo filmado e o vídeo, de teor
muito forte, circula pelas redes sociais.
A vítima, também adolescente, aparece ensanguentada na
beira da praia e não tem forças para reagir às várias pancadas no rosto dadas
por uma das envolvidas. Ela, que ainda não foi identificada pela polícia, veste
uma farda da Rede Pública de Ensino do Recife.
Enquanto chora e apela para que a deixem ir embora, a
garota é segurada pelos cabelos, xingada e acusada de namorar um homem casado.
Em seguida, ela, que também foi esfaqueada na região do pescoço e da nuca, é
arrastada para dentro do mar, onde é mantida embaixo d’água até perder os
sentidos. No vídeo, é possível ouvir a pessoa que filma incitando as agressões:
“Tá com pena? Afoga ela!”, diz a adolescente.
No fim da gravação, quando a vítima é arrastada já
desfalecida de volta para a areia da praia, uma testemunha aparece e começa a
gritar com as suspeitas, questionando se foram elas que fizeram aquilo, ao que
elas respondem dizendo que a adolescente morreu por conta de uma suposta
traição. Pouco antes de o vídeo ser encerrado, a pessoa que presenciou a cena
diz que as responsáveis não vão sair do local e pede para que alguém chame a
polícia. A vítima é então retirada do local para ser socorrida, mas já estava
sem vida.
As envolvidas foram levadas à Delegacia do Janga, mas de
lá seguiram para outra unidade da Polícia Civil, onde estão sendo ouvidas. O
corpo da adolescente assassinada foi recolhido e levado ao Instituto de
Medicina Legal do Recife. No local, foi feita uma perícia preliminar.
De acordo com o delegado Augusto Cunha, que esteve no
local, o corpo apresentava vários ferimentos e sinais de afogamento, mas
somente o laudo tanatoscópico vai definir a causa da morte. A adolescente
também apresentava cortes na mão, que podem ter ocorrido quando ela tentava se
defender das agressões.
Fonte: Agreste em Alerta