Na manhã da sexta-feira 17
de Meio de 2019, a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão na
casa do prefeito Antônio Inocêncio Leite (PR), do município de Cedro, no Sertão
de Pernambuco. Na ação, que faz parte de uma operação contra supostos desvios
de recursos públicos em contratos com a administração da cidade do sertão de
Pernambuco, foram apreendidos R$ 45 mil em dinheiro, R$ 160 mil em cheques, uma
caminhonete Toyota Hilux, além de uma pistola com registro vencido, munições e
um celular.
Os agentes também cumpriram
mandado de busca e apreensão na sede da prefeitura e nas empresas que também
são alvos da investigação, onde foram apreendidos processos licitatórios e
outros documentos que serão analisados pela operação chamada de “Chofer”. De
acordo com as investigações da Polícia Federal, o prefeito utilizava um
“laranja” para vencer processos de licitação ou dispensá-los indevidamente. Em
depoimento na Delegacia de Polícia Federal em Salgueiro, o prefeito negou todas
as acusações. O Blog de tentou contato com a Prefeitura, mas não obteve
sucesso.
Ainda segundo a PF, o gestor
se apropriava de recursos públicos, sem a correspondente prestação do serviço
fornecimento do produto pela empresa contratada pela Prefeitura. O nome da
operação se refere à função de motorista que um dos sócios de uma das empresa,
indicado como “laranja” do prefeito, exercia nas empresas que pertenceriam a
Antônio Inocêncio Leite, de acordo com as investigações.
Durante a deflagração da
operação, foram cumpridos cinco medidas cautelares de busca e apreensão
realizadas por 21 policiais federais.
Uma das empresas contratadas
pela Prefeitura de Cedro tinha pouco mais de 30 dias de constituída quando foi
contratada pela gestão para aquisição de materiais de construção e reformas nas
secretarias municipais. No contrato, foram empenhados em seu favor R$ 398 mil.
Após ganha essa licitação, a mesma empresa foi contratada para o serviço de
manutenção preventiva e corretiva de veículo. De acordo com a Polícia Federal,
a sua estrutura é incompatível para a prestação do serviço.
Segundo as investigações,
entre os anos de 2017 e 2018 foram empenhados cerca de R$ 3 milhões em favor da
empresa para os mais diversos e variados serviços, como fornecimento de peças e
manutenção para a frota de veículos do município à poda de árvores.
De acordo com a PF, o sócio dessa
empresa já foi contratado como motorista de uma empresa do prefeito e prestou
também serviço de eletricista na campanha eleitoral do gestor. A outra sócia
seria beneficiária do programa Bolsa Família e garantia-safra. Os dois, segundo
as investigações, residem em uma casa simples na zona rural do município.
Para a Polícia Federal, isso
demonstra que os dois não possuem condições financeiras para a constituição de
uma empresa desse porte, que localizada em prédio coligado a um estabelecimento
comercial de propriedade do prefeito.
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