A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a quebra de sigilo
bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e de seu ex-assessor
Fabrício Queiroz.
A decisão é do dia 24 de abril e foi divulgada nesta segunda-feira
(13) pelo jornal O Globo.
A autorização atinge também 88 ex-assessores de Flávio na
Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), a mulher e a empresa do
senador, pessoas e firmas que fizeram transações imobiliárias com ele.
A quebra de sigilo bancário e fiscal é o primeiro passo
judicial da investigação sobre Queiroz após 500 dias do relatório do Coaf
apontar uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta bancária do
ex-assessor de Flávio.
Segundo o jornal, o período da quebra é de 2007 a 2018,
período em que Queiroz esteve vinculado ao gabinete de Flávio.
Fazem parte do rol dos investigados as filhas do
ex-assessor, Nathalia e Evelyn Queiroz, ambas ex-assessoras de Flávio. Também
tiveram quebrados os sigilos Raimunda Veras Magalhães e Danielle Nóbrega, mãe e
mulher do ex-PM Adriano da Nóbrega, foragido acusado de comandar uma milícia na
zona oeste do Rio de Janeiro.
Também são alvos os norte-americanos Glenn Dillard, Paul
Maitino e Charles Eldering, ligados a dois imóveis em Copacabana adquiridos e
vendidos pelo senador. Na transação, ele lucrou R$ 813 mil num período menor do
que um ano e meio.
Também é alvo do procedimento a MCA Participações e seus
sócios. Como a Folha de S.Paulo revelou em 2018, o senador vendeu para a
empresa salas comercias adquiridas 45 dias antes, com um lucro de mais de 200%.
Fonte: Folha PE
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