A Igreja celebra
pela primeira vez neste dia 29 de maio a festa de São Paulo VI, Pontífice autor
da encíclica Humanae Vitae, que foi canonizado pelo Papa Francisco em 14 de
outubro de 2018.
Antes de sua canonização, a festa do então Beato Paulo VI
era celebrada em 26 de setembro. Entretanto, após ser declarado santo, a
Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos divulgou
no último mês de fevereiro decreto sobre a inscrição da celebração de São Paulo
VI no Calendário Romano Geral, estabelecendo como data o dia sua ordenação
sacerdotal, 29 de maio.
São Paulo VI é o Papa autor da encíclica Humanae Vitae, a
visionária encíclica sobre a defesa da vida e da família, e
quem concluiu o Concílio Vaticano II, iniciado em 1962 por São João XXIII.
Giovanni Battista Montini nasceu na Lombardia (Itália),
em 26 de setembro de 1897, e faleceu em Castel Gandolfo, em 6 de agosto de
1978, após um pontificado de 15 anos iniciado em 1963.
Em 29 de maio de 1920, aos 22 anos, foi ordenado
sacerdote e enviado a Roma para estudar na Pontifícia Universidade Gregoriana,
na Universidade de Roma La Sapienza e na Pontifícia Academia Eclesiástica.
Quatro anos depois, foi designado para o escritório da
Secretaria de Estado, onde permaneceu por 30 anos.
No dia 1ºde novembro de 1954, aos 57 anos, foi nomeado
Arcebispo de Milão e, em 15 de dezembro de 1958, São João XXIII o nomeou
Cardeal.
Em 1963, com a morte de São João XXIII, o então Cardeal
Montini foi eleito Papa no dia 21 de junho, tomando o nome Paulo VI e dizendo
ao mundo que continuaria com o trabalho de seu predecessor.
No dia 24 de junho de 1967, abordou o tema do celibato em
uma encíclica e em 24 de julho de 1968 escreveu em sua encíclica Humanae Vitae
sobre a regulação da natalidade. Ambos foram temas controversos durante seu
pontificado.
O Santo protagonizou importantes mudanças na Igreja.
Algumas de natureza ecumênica, como seu célebre abraço com o patriarca
Atenágoras, em 1964, e o mútuo levantamento de excomunhões.
Outros, de índole pastoral, como ter iniciado a era
moderna das viagens pontifícias com visitas aos cinco continentes, assim como a
Terra Santa e a ONU. Além disso, promulgou em 1969 a reforma litúrgica.
Paulo VI também criou cardeais Karol
Wojtyla, em 1967 e Joseph
Ratzinger, em 1977, os quais seriam seus sucessores São João Paulo II
e Bento XVI,
respectivamente.
As encíclicas escritas por ele são Ecclesiam Suam (6 de
agosto de 1964), Mense Maio (29 de abril de 1965), Mysterium Fidei (3 de
setembro de 1965), Christi Matri (15 de setembro de 1966), Populorum Progressio
(26 de março de 1967), Sacerdotalis Caelibatus (24 de junho de 1967) e Humanae
Vitae (25 de julho de 1968).
Fonte: ACI Digital