O Brasil recebeu com alegria a notícia de que Irmã Dulce,
o Anjo Bom da Bahia, como é conhecida a beata, será em breve elevada aos
altares tornando-se a primeira mulher nascida no Brasil a ter seu nome inscrito
no livro dos santos, graças ao reconhecimento de um segundo milagre atribuído à
sua intercessão, apenas 27 anos após seu falecimento.
Segundo destaca o site Obras Sociais da Irmã Dulce
(OSID), sua canonização será a terceira mais rápida da história recente
da Igreja,
“atrás apenas da santificação do Papa João Paulo II (9 anos após sua morte) e
de Madre Teresa de Calcutá (19 anos após o falecimento da religiosa)”. Vale
recordar que os mais rápidos da história dos santos lusófonos seguem sendo o de
Santo Antônio de Lisboa (ou Santo Antônio de Pádua), canonizado 11 meses após
seu falecimento no dia 30 de maio de 1232 e São Teotônio, canonizado 1 ano
depois de sua morte ocorrida em 1162 pelo Papa Alexandre III.
Com respeito ao segundo milagre, cujo reconhecimento foi
divulgado há poucas horas pelo Vaticano, o site das Obras Sociais da futura
santa, confirmou que o fato passou por três etapas de avaliação: “uma reunião
com peritos médicos (que deram o aval científico), com teólogos, e, finalmente,
a aprovação final do colégio cardinalício, tendo sua autenticidade reconhecida
de forma unânime em todos os estágios”.
Embora ainda se desconheça os detalhes, a Arquidiocese de
Salvador (BA) e as Obras Sociais da Irmã Dulce (OSID) confirmaram ao portal G1
de notícias que o milagre conseguido pela intercessão da beata baiana se tratou
da cura de uma pessoa que recuperou a visão.
Como de praxe, a identidade da pessoa que recebeu a
graça, o lugar onde reside e outros detalhes sobre as circunstâncias do
milagre, permanecerão em reserva.
Este é o segundo milagre atribuído à Irmã Dulce, que se
destacou pelo cuidado dos mais pobres, das crianças necessitadas e dos
enfermos. O primeiro, que permitiu que a religiosa fosse proclamada Beata, foi
reconhecido em outubro de 2010 e tratou-se da cura de uma mulher “que
apresentava um quadro de forte hemorragia não controlável”, recorda o G1.
“Em um período de 18h, a mulher chegou a passar por três
cirurgias, mas o sangramento não cessava. Contudo, sem nenhuma intervenção
médica, e após pedir a intercessão de Irmã Dulce, a hemorragia subitamente parou
e a paciente se recuperou”, acrescenta o site de notícias brasileiro.
Segundo o site das Obras Sociais da Irmã Dulce (OSID), “a
freira baiana foi coroada como a primeira beata nascida na Bahia e passou a se
chamar Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, tendo o dia 13 de agosto como data
oficial de celebração de sua festa litúrgica”.
A Beata Irmã Dulce nasceu em Salvador (BA), no dia 26 de
maio de 1914 e faleceu em 22 de maio de 1992 no convento Santo Antônio, junto
dos doentes que ela cuidava. Seus restos mortais foram levados a uma capela
dentro do Santuário dedicado à devoção da futura santa, localizado no bairro do
Bonfim, na capital baiana.
Fonte: ACIDigital