O presidente Jair Bolsonaro (PSL) deve fazer uma visita
ao Nordeste no próximo mês. Pernambuco provavelmente fará parte da primeira
agenda oficial do chefe do Executivo na região. A sugestão foi do senador
Fernando Bezerra Coelho (MDB), líder do governo no Senado. De acordo com o
parlamentar, Bolsonaro indicou que virá ao estado, provavelmente, na segunda
quinzena de maio.
“Estive com o presidente na última quarta-feira (10) e
falei que era uma boa ideia visitar os estados. Ele hoje está em visita ao
Amapá e já disse que pretende ir ao Nordeste. Dei a sugestão para ir a
Pernambuco em maio, e ele disse que iria”, disse o emedebista em entrevista
ao Diario. Segundo o senador disse à reportagem, o roteiro de visita
deverá ser definido até o fim de abril. Bolsonaro também afirmou ao aliado
pernambucano que recebeu também um convite para visitar Campina Grande
(PB).
Questionado se a movimentação governista é em tentativa
de aproximação com o Nordeste, onde Bolsonaro foi derrotado nas eleições de
2018 nos nove estados, o líder do governo afirmou que é uma agenda natural do
mandatário e que se trata da continuidade do trabalho. “É agenda normal dele,
pois o presidente tem que trabalhar em Brasília e correr o país para mostrar o
que está fazendo. Recentemente, foi anunciado o 13º do Bolsa Família, aumento
de recursos para saúde, determinação de atendimentos mais estendido nas
unidades de saúde (no período noturno)”, declarou Bezerra Coelho.
O presidente Jair Bolsonaro deve, na visita a Pernambuco,
observar as condições de obras de infraestrutura, como a Adutora do Agreste, o
Ramal do Agreste e a Transposição do Rio São Francisco. O objetivo é que as
obras sejam concluídas durante o governo atual. “O trabalho será no sentido de
conclusão do que está em curso”, afirmou o senador pernambucano.
Após o feriado da Páscoa, que acontece na próxima semana,
as atenções do governo também voltam para o Congresso Nacional. Na Câmara, fica
a expectativa pela votação da Reforma da Previdência na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ). Enquanto isso, no Senado, a discussão do pacto
federativo deve vir à tona. “Aprovamos, recentemente, a PEC/61, que a permite a
transferência de recursos de emendas individuais dos parlamentares direto para
estados e municípios. Diante disso, a questão do Pacto Federativo será muito
discutida no Senado”, explicou Fernando Coelho. A redistribuição da arrecadação
da União foi um dos pleitos levados pelos municípios na Marcha dos Prefeitos,
que ocorreu em Brasília no meio da semana. “Estarão em discussão também a
transferência de recursos do Fundo Social, cessão onerosa e do pré-sal para
tentar descentralizar as receitas”, pontuou FBC.
Fonte: Diário de Pernambuco