O Santa Cruz vinha de dois jogos sem vencer - derrota para
o Salgueiro, mais empate contra o CSA -, até bater o Central, por 1 a 0, na
última quinta-feira, pelo Campeonato Pernambucano. Dessa vez, ao explicar a
atuação do Tricolor,
mal no primeiro tempo e melhor na etapa final,o técnico Leston Júnior
adotou um discurso mais duro. Incomodado, foi de encontro às criticas pelo
desempenho da equipe. Em defesa própria e do grupo, citou as campanhas do Santa
Cruz ao longo da temporada, mesmo com as dificuldades.
- Sempre disse, em todos os momentos, que podemos fazer
melhor. Mas tem hora que não dá para fazer. A torcida vaiar ou não vaiar, é da
cultura do futebol, porque o torcedor quer que o time ganhe. Eu já fui torcedor
e sempre queria ganhar. Mas não dá para fazer isso toda hora. Não é possível
que um time que esteja na zona de classificação do Estadual e da Copa do
Nordeste, além da terceira fase da Copa do Brasil, só vão falar de queda de
rendimento? Será que nunca vai estar bom?
O Santa Cruz está na terceira posição do Campeonato
Pernambucano, com 16 pontos - no grupo dos que decidem, em casa, as quartas de
final. Na Copa do Nordeste, é líder do Grupo A, com nove. Além de ser o único
representante do Estado na terceira fase da Copa do Brasil. E terá pela frente
o ABC, em jogos de ida e volta.
- Temos vários problemas como limitação orçamentária,
série de lesões e a exigência parece sempre ser muito alta aqui. Parece que o
Santa é o clube de Pernambuco que tem de dar espetáculo. Nunca vendi isso. O
Santa tem de subir à Série B para que esse meu discurso não aconteça. É para
subir e que tenha um elenco de maior qualidade, que suporte os jogos.
O treinador voltou a frisar que a ótica em cima do Santa
Cruz é mais negativista, e as cobranças dirigidas ao time são mais duras.
Leston usou o jogo contra o Central como exemplo.
- É a primeira vez que eu falo disso aqui. Acho que a
ótica é negativa. Eu não creio que a gente vai jogar bem todo dia. A gente já
jogou melhor do que contra o Central, como contra o Náutico, pela Copa do
Nordeste, e não ganhamos. Se a gente tivesse colocado bola trave, pressionado o
Central e não vencido, aposto que o torcedor ia querer vencer como a gente
venceu.
Fonte: GE