Alvo de vazamentos de conversas com ministros, o
presidente Jair Bolsonaro adotou uma regra para quem se reúne com ele:
celulares não entram. O confisco dos aparelhos é uma medida de proteção usada
não só em seu gabinete, mas em todas as reuniões das quais tem participado.
Vinte e dois deputados que estiveram no Palácio da
Alvorada para se reunir com o presidente nesta semana contaram que havia um
local designado para deixar os aparelhos na entrada da sala. No Palácio do
Planalto, uma caixinha no corredor que antecede o gabinete presidencial faz
este papel.
A prática já era adotada por outros presidentes. Na
gestão atual porém, a regra foi ampliada. No gabinete do vice-presidente,
Hamilton Mourão, qualquer pessoa que entra em sua sala é convidado a deixar o
telefone celular do lado de fora.
Até mesmo o secretário de imprensa, tenente-coronel
Alexandre de Lara, passou a exigir esta semana que jornalistas também não
entrem em seu gabinete com celulares.
A proibição, porém, não está sendo seguida à risca. Na
semana passada, o jornal O Globo mostrou que o ministro da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni, ligou, sem querer, para um repórter enquanto conversava com
Bolsonaro. No breve diálogo, os dois tratam da demissão do ex-ministro Gustavo
Bebianno, que deixou vazar conversas de WhatsApp com o presidente.
Fonte: Diário de Pernambuco