Na última quinta-feira (14), Bolsonaro usou sua conta no
Twitter para exaltar a assinatura de um decreto de extinção de 21 mil cargos
comissionados, o que representaria, segundo o presidente, uma economia de R$
195 milhões. Nesta terça-feira (19), o jornal Folha de S. Paulo divulgou
que, deste total, 13.710 vagas eliminadas estavam sob a guarda de instituições
de ensino - a maioria universidades públicas federais - o que corresponde a 65%
do corte. O Agreste Pernambucano está incluso.
O governo havia omitido o detalhamento destes
desligamentos, ainda na quarta-feira (13), quando divulgou informações sobre a
medida à imprensa. Ao apresentar o material, o Ministério da Economia não
citava quais pastas sofreriam maiores cortes e nem os significados das siglas e
legislações ali apresentadas.
Ainda segundo a Folha, o secretário especial de
Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo
Uebel, desconversou duas vezes quando perguntado sobre os desligamentos. Na
primeira tentativa, Uebel afirmou que o Ministério da Economia abriu mão do
maior número de cargos, já na segunda o secretário afirmou que as funções eram
transversais e poderiam ser usadas por diferentes ministérios, o que
dificultava a precisão do mapeamento.
As vagas cortadas correspondem a uma espécie de adicional
pago a servidores que ganham função extra, como um posto de chefia de
departamento, coordenação ou direção. Segundo o decreto, 2.449 vagas devem ser
extintas de imediato. As outras 11.261 funções deixarão de existir em 31 de
julho.
De acordo com a análise do Sindicato Nacional dos
Docentes das Instituições de Ensino Superior, todas as funções gratificadas das
recém-criadas universidades federais de Catalão (GO), Rondonópolis (MT) e
Agreste de Pernambuco (PE) foram eliminadas, por exemplo.
*Com informações da Folha de S. Paulo