Para o vice-presidente da
República, Hamilton Mourão, se o presidente Jair Bolsonaro quisesse que o filho
Carlos Bolsonaro atuasse no Palácio do Planalto, teria o nomeado para um cargo
no governo.
Carlos é vereador no Rio de
Janeiro e, nesta semana, protagonizou uma crise com o ministro da
Secretaria-Geral da Presidência, Carlos Bebianno. O episódio desgastou a
relação de Bebianno com o presidente e deve lhe custar o cargo.
"Eu acho que se o
presidente quisesse o Carlos no Palácio do Planalto, ele teria nomeado ele
lá", afirmou Mourão.
O vice disse ainda que Jair
Bolsonaro vai saber resolver a questão da influência dos filhos no governo.
Além de Carlos, Bolsonaro tem outros dois filhos na política: Eduardo (deputado
federal) e Flávio (senador).
"Acho que o presidente
está dando um tempo para organizar isso aí", disse Mourão.
Na sexta-feira (15), Carlos
publicou numa rede social que apoia uma homenagem a Mourão feita pela Câmara de
Vereadores do Rio.
A crise
Reportagem da "Folha de
S.Paulo" publicada na semana passada revelou repasse do PSL de R$ 400 mil
de recursos públicos do fundo partidário para uma candidata de Pernambuco
suspeita de ser "laranja". Bebianno era o presidente do partido
durante as eleições e, segundo a reportagem, autorizou os repasses.
Dias depois, para negar que
houvesse crise por causa da denúncia do jornal, Bebianno disse que tinha
conversado três vezes com Jair Bolsonaro enquanto o presidente ainda estava
internado em São Paulo.
Em uma rede social, o
vereador Carlos Bolsonaro classificou a afirmação de Bebianno como
"mentira absoluta". Depois, Jair Bolsonaro compartilhou as mensagens
do filho na mesma rede social.
Fonte:G1