O líder do MDB na Câmara dos Deputados, Baleia Rossi
(SP), disse hoje (20) que a Casa deverá concluir a votação da reforma da
Previdência, apresentada ao Congresso, até 15 de julho, quando se inicia o
recesso parlamentar. “Essa questão da Previdência está muito acima de ser
governo, de ser ou não da base. Esse é um projeto para o Brasil. O Brasil
depende disso para o seu futuro, para o seu desenvolvimento e para a geração de
empregos”, avaliou Rossi.
Para que o texto alcance o mínimo de 308 votos que
precisará na Câmara, o líder defendeu que o governo mantenha um diálogo próximo
com o Parlamento. Com a escolha ontem (19) do líder do governo no Senado,
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e com a definição, nos próximos dias, do
líder do governo no Congresso, essa aproximação fica mais fácil, na avaliação
do emedebista.
Na Câmara, o líder do governo é o deputado Major Vitor
Hugo (PSL-GO). “São todos agentes que ajudam na compreensão dessa relação com o
Parlamento", disse Rossi. Outro aspecto ressaltado por Baleia Rossi é
clareza de informar à população. O líder lembou que a proposta do ex-presidente
Michel Temer "naufragou porque não teve apoio popular".
Na próxima terça-feira (26), o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), deve finalizar o acordo para a composição das comissões
da Casa, que devem ser instaladas na semana seguinte ao carnaval. A primeira
etapa da reforma é na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Mea culpa
Ao entregar a proposta de reforma da Previdência ao
Congresso, o presidente Jair Bolsonaro fez um mea culpa por não ter apoiado a
medida quando exercia o mandato de deputado, disse o líder do MDB na Câmara.
Rossi participou do encontro de Bolsonaro com os presidentes da Câmara, e do
Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
“Pelo que eu entendi na fala do presidente, ao apresentar
a sua reforma, ele disse que, como parlamentar no passado, cometeu alguns
erros. Talvez de não compreender enquanto deputado a importância da reforma.
Acho que foi um gesto de humildade reconhecer que, as vezes, quando você tem
mais responsabilidade você consegue ter uma opinião diferente”, disse Baleia.
Segundo o emedebista, o ministro da Economia, Paulo
Guedes, que junto com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, acompanhou
Bolsonaro, foi sucinto. Guedes ressaltou aos parlamentares que a proposta
entregue hoje foi pensada, avaliada e tem o objetivo de combater privilégios e
diminuir desigualdades.
Fonte: Diário de Pernambuco