Na sua reflexão semanal na Audiência Geral com os fiéis
reunidos na Sala Paulo VI do Vaticano, o Santo Padre continuou suas meditações
sobre o Pai Nosso, ressaltando a figura de Jesus como homem de oração e a
própria oração como a vitória e o remédio ante a solidão e o desespero do ser
humano.
"Jesus é acima de tudo um orante", enfatizou o
Papa. “Jesus ora no batismono Jordão,
fala com o Pai antes de tomar as decisões mais importantes, muitas vezes se
retira à solidão, ora nas horas que precederam sua morte. A oração de Jesus
parece sossegar as emoções mais violentas, o desejo de vingança e de revanche,
ela apazigua o homem com seu amargo inimigo: a morte.
Jesus nos deixa muitas diretrizes que "focam na
atitude do crente que ora". "Deus sempre responde - reafirma o Papa
Francisco - nenhuma oração permanece sem ser ouvida, ele é Pai, e ele não
esquece dos seus filhos que sofrem. É claro que essas declarações nos colocam
em crise, porque muitas das nossas orações parecem não ter resultado ".
"Quantas vezes - disse o Pontífice em sua catequese
- pedimos e não obtivemos o que pedimos, batemos e encontramos uma porta
fechada? Jesus nos insta, nesses momentos, a insistir e a não desistir. A
oração sempre transforma a realidade: se não mudarmos as coisas à nossa volta,
pelo menos nós mudamos interiormente. Jesus prometeu o dom do Espírito Santo a todo
homem que ora".
O Papa Francisco concluiu a meditação afirmando:
"Podemos ter certeza de que Deus responderá. A única incerteza é devida
aos tempos, mas não duvidamos que Ele responderá. Talvez tenhamos que insistir
por toda a vida,
mas Ele responderá. Ele nos prometeu: Ele não é como um pai que dá uma cobra em
vez de um peixe. Orar já é a vitória sobre a solidão e o desespero ".
Fonte: Acidigital