Eleito no primeiro turno das
eleições 2018 para o segundo mandato, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou,
nesta segunda (7), que vai buscar uma relação tranquila com o presidente Jair
Bolsonaro (PSL). “Vamos buscar ampla relação com o governo federal, como sempre
temos feito. Vou pedir uma audiência para apresentar os projetos do estado
ainda hoje”, disse, em entrevista ao Bom Dia PE. (Veja vídeo acima)
Apesar de ter apoiado o
candidato Fernando Haddad (PT) durante a campanha eleitoral, Câmara afirma que
é preciso buscar diálogo com Bolsonaro, assim como mencionou no discurso de
posse. “A eleição passou. Acabou. Agora a gente tem que trabalhar muito para
Pernambuco. [...] Da minha parte [a relação com Jair Bolsonaro] vai ser muito
tranquila, institucional”, afirmou.
Além de mencionar a busca
por parcerias com a sociedade civil e a iniciativa privada, o governador de
Pernambuco afirmou que vai buscar conversar com o presidente ainda em janeiro
para expor a realidade do estado.
“Vou pedir ainda hoje [7] uma
audiência com o presidente para discutir os nossos projetos, o que a gente
precisa do governo federal e como o governo federal pode contar com Pernambuco
para que a gente também possa fazer o Brasil voltar a crescer”, pontuou.
Um dos pedidos de Câmara ao
governo federal é a parceria financeira para a entrega de 20 mil casas
populares. A promessa foi feita durante sua campanha eleitoral.
“Eu não vejo dificuldade de
que isso possa ser feito no amplo entendimento com o governo federal dentro do
programa Minha Casa Minha Vida e dentro de outros programas para que a gente
possa realmente avançar na questão da construção de moradias”, disse.
O governador de Pernambuco
também busca recursos para finalizar as obras de quatro barragens no interior
do estado.
"A gente concluiu Serro
Azul porque era a mais importante. Estamos com licitação pronta tanto de
Panelas quanto de Igarapeba. Temos recursos no Orçamento Geral da União e
esperamos que, com a finalização da licitação, esses recursos venham para
Pernambuco”, explicou.
Além da finalização de obras
paradas, outros dois desafios elencados por Câmara para os próximos 4 anos de
mandato foram a criação de empregos e a melhoria dos serviços públicos nas
áreas de saúde, educação, segurança pública, agricultura familiar e
abastecimento.
Segurança pública
Apontando a redução no
número de homicídios em Pernambuco nos últimos 13 meses, Câmara estipulou uma
meta para 2019, quando o programa Pacto pela Vida completa 11 anos. “A meta em
2019 é ter um ano entre os melhores do Pacto pela Vida, para que aquela redução
que nós tivemos de 2007 a 2013 possa voltar a existir em Pernambuco”, afirmou o
governador.
Saúde
Segundo o governador de
Pernambuco, a proposta para a nova gestão é intensificar a entrega de
medicamentos em farmácias públicas, mesmo diante do aumento no número de
pessoas atendidas pelo serviço público.
“Em 2007, tínhamos 8 mil
pessoas atendidas pelo serviço público. Hoje em dia temos 58 mil. Por isso
tentamos descentralizar a entrega para todo o estado e potencializar a
amplitude dos serviços”, alegou.
Troca de secretariado
Segundo o governador, a
troca de 17 secretários foi motivada pela “necessidade de buscar a melhoria dos
serviços”. “Vamos buscar fazer com que as coisas aconteçam mais rápido para a
população”, disse.
ICMS
A respeito do aumento do
aumento de 2% do ICMS em produtos como bebidas alcoólicas e água mineral,
Câmara afirmou que o processo foi feito de forma “conservada”, dentro de
“produtos não essenciais”.
“Na verdade, nós fizemos uma
ação muito mais importante, que foi a diminuição da alíquota do ICMS no óleo
diesel, o que atinge toda a indústria pernambucana”, afirmou, alegando que a
medida vai ocasionar geração de emprego e renda.
13º do Bolsa Família
O governador de Pernambuco
também foi questionado a respeito do pagamento do 13º do Bolsa Família, uma
promessa anunciada nas campanhas dele e do presidente Jair Bolsonaro.
“Quando nós lançamos o 13º
do Bolsa Família, o governo federal ainda não tinha lançado e lançou, então nós
adaptamos ao nosso, que, na verdade, vai ser um 14º. Vamos pegar as pessoas que
estão cadastradas no Bolsa Família para termos o controle da devolução do ICMS
que elas pagam", disse.