O apaixonado por futebol que
esperou até este domingo pela final mais longa da história da Libertadores não
se arrependeu. Do outro lado do Oceano Atlântico, mais precisamente no Santiago
Bernabéu, River Plate e Boca Juniors fizeram um jogaço, com doses cavalares de
drama e final feliz para os Millonarios, campeões na prorrogação com a vitória
de virada por 3 a 1. Benedetto abriu o placar para os xeneizes, mas Pratto,
Quintero e Pity Martínez definiram este 9 de dezembro como o grande dia da
história do River. E pode vir mais por aí com o Mundial de Clubes batendo à
porta...
A QUARTA TAÇA
O River se igualou ao
Estudiantes e encurtou a distância para o arquirrival Boca, que permaneceu com
seis títulos - o Independiente é o maior campeão, com sete. O Peñarol, com
cinco, também faz parte do top-5 entre os grandes vencedores da Libertadores. Veja
a lista completa aqui.
90 MINUTOS
O primeiro tempo começou
pegado, com o medo de perder estampado no rosto de torcedores e levando o clima
ao campo. Não aconteceu nada de tão extraordinário até que Nández encontrou
Benedetto em linda enfiada aos 44 minutos. O iluminado atacante pôs o Boca na
frente numa bela jogada. O River voltou melhor e chegou ao empate com Pratto,
aos 22, depois de uma linda tabela entre Nacho Fernández e Palacios. Era quem
mais mostrava gana para vencer.
PRORROGAÇÃO
Veio o tempo extra e com ele
o lance mais determinante. Logo no primeiro minuto, Barrios recebeu o segundo
amarelo e vermelho por uma entrada de força excessiva em Palacios. O River avançou,
o Boca recuou, procurando passar o tempo. Mas não estava nos planos de outro
colombiano, Quintero. Ele acertou um lindo chute da entrada da área aos três do
segundo tempo e colocou os Millonarios na frente. Quando estava com nove (Gago
saiu lesionado), o Boca ainda teve a chance de empate com Jara, que acertou o
pé da trave, mas Pity Martínez fechou o caixão no lance seguinte, com o gol
escancarado diante do desespero do goleiro Andrada.
UM ÍDOLO DENTRO E FORA
Um dos grandes jogadores da
história do River Plate, Marcelo Gallardo se agiganta ainda mais como
treinador. Este foi o seu nono título – sete deles internacionais – em 12
finais disputadas, igualando-se a Ramon Díaz em número de troféus. Ele é o
responsável pela era mais vencedora do clube, num ciclo que se iniciou em 2014.
Suspenso neste domingo, ele foi ao gramado após a partida para erguer a taça.
RUMO AOS EMIRADOS
O River Plate vai em busca
agora de seu segundo título do Mundial de Clubes. A semifinal está marcada para
18 de dezembro, em Al Ain, nos Emirados Árabes, contra o Espérance de Tunis
(campeão da África), Al Ain (campeão nacional) ou Team Wellington (campeão da
Oceania). Do outro lado da chave estão o Real Madrid, Kashima Antlers (campeão
da Ásia) e o Chivas Guadalajara (campeão da Concacaf). De quebra, também se
classificou para a próxima edição da Libertadores, que já tem 44 dos 47
participantes definidos.
PÉS QUENTES E FRIOS...
Muitas personalidades do
futebol aproveitaram o inusitado local da final para assistirem de perto. Foi o
caso de Messi, Dybala, Simeone, Zanetti, James Rodríguez, Icardi, Godín... E
Griezmann, que não escondeu a sua torcida pelo Boca e acabou com fama de
pé-frio na internet. Veja aqui.
E TEVE FINAL!
A final da Libertadores na
Europa foi uma derrota da Argentina e da Conmebol, mas uma vitória do futebol.
Mesmo a 10 mil quilômetros de Buenos Aires, e sob o frio de 10 graus no outono
espanhol, o maior River x Boca teve golaços no campo, paz na rua e festa nas
arquibancadas. Veja o relato do repórter Martín Fernandez.
Fonte:GE